domingo, março 12, 2006
Portugal no 'top 10' em ataques do cibercrime
Portugal está em sétimo lugar na lista dos países mais afectados pelos piratas informáticos que introduzem códigos maliciosos para obter lucro. Seja através da venda de endereços electrónicos, do roubo de dados confidenciais ou para impedir o acesso a determinado site.
A nível europeu, o País contribui com 2% dos computadores infectados por bots (códigos maliciosos programados) em proporção ao número de utilizadores da Internet, o que representa 1% no mundo inteiro. O cibercrime distancia-se cada vez mais dos ataques do passado, quando o objectivo era destruir ficheiros. Passou-se do hacking for funny (pirataria por diversão) para o hacking for profit (pirataria por lucro), sintetizam os informáticos. Diariamente, há cerca de cinco biliões de ataques.
No último semestre de 2005, as ameaças de códigos maliciosos que podem revelar informação con- fidencial representavam já 80% do total de ameaças, segundo dados da Symantec, a maior empresa mundial de sistemas de segurança de computadores. Têm 500 mil clientes, 40 mil sensores distribuídos por 180 países e controlam 15% do tráfego de correio electrónico.
O Reino Unido é o que tem mais problemas, dado o carácter universal da língua inglesa (49% de computadores atingidos por bots a nível europeu e 22% no mundo). Os outros nove países têm percentagens bem menos elevadas: a França (10% na Europa e 4% no mundo), a Espanha e a Alemanha (6% e 3%), a Polónia e a Itália (3% e 1%), Rússia, Suécia e Índia (2% e 1%).
O cibercrime concentra-se em "roubar informação para a vender e sem que o proprietário do computador se aperceba", explica Timóteo Menezes, director comercial da Symantec em Portugal. Outra das tendências do século XXI é atacar pequenas empresas e utilizadores, porque estes têm sistemas mais falíveis e menor capacidade de reacção. Segundo os seus cálculos, em caso de um ataque informático, as empresas e clientes estão completamente vulneráveis durante 42 dias, o tempo que leva a obter a solução.
As ameaças de phishing passaram de 5,7 milhões de tentativas por dia no primeiro semestre de 2005 para 7,9 milhões no segundo, muitas delas em Portugal. Estes piratas fazem-se passar por entidades idóneas para fazer com que o consumidor revele informação confidencial.
A China registou o maior aumento de computadores bots infectados, mais 37%, o que se deve ao "rápido crescimento das ligações de banda larga à Internet". É nos países onde há um desenvolvimento recente das redes informáticas que se verificam mais ataques, até porque os utentes ainda não se protegeram.
Fonte: Diário de Notícias
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