sexta-feira, março 31, 2006

Associação Sindical da PSP marca manifestação para 21 de Abril


A Associação Sindical da PSP decidiu hoje marcar uma manifestação de protesto para dia 21 de Abril, em Lisboa, contra a "falta de diálogo" do Governo e a favor do "direito à negociação colectiva".

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) aprovou, em assembleia-geral realizada em Peniche, com a participação de cerca de 350 polícias, a realização de uma concentração para a tarde do dia 21 de Abril, no Terreiro do Paço, para a qual vão apenas ser mobilizados agentes de Lisboa.

"Vamos marcar o dia 21 de Abril para a realização da concentração em Lisboa porque, em 1989, o dia 21 de Abril ficou marcado como o dos ‘secos e molhados’ e infelizmente reivindicámos na altura medidas que hoje também estão actuais", afirmou o presidente da ASPP, Paulo Rodrigues.

"O Governo não quer dialogar connosco e a prova disso é que ontem não enviou nenhum representante ao colóquio onde estivemos a debater as questões que nos preocupam. Não está interessado em dialogar com a ASPP", acusou o responsável, acrescentando que o Executivo "não tem respeitado a lei sindical, não tem respeitado a negociação colectiva e tem imposto as suas regras".

Paulo Rodrigues explicou ser "obrigação da direcção nacional da polícia e do Governo chamar os sindicatos para as negociações", mas que o "Governo limita-se a ouvir" os agentes.

O sindicalista sublinha que "os polícias arriscam a vida e não há uma compensação pelo risco" e que continua a existir “uma série de questões que estavam na ordem do dia em 1989 que continuam a estar actuais 17 anos depois".

"Se eventualmente o senhor ministro da Administração Interna continuar com esta postura, evidentemente que vamos evoluir de forma mais contundente com outras formas de luta", concluiu.

14 mil polícias já assinaram petição a favor do direito à greve

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) anunciou hoje que mais de 14 mil agentes já assinaram uma petição que defende o direito à greve, com o objectivo de forçar a discussão deste assunto na Assembleia da República.

O presidente da direcção da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues, afirmou hoje que "os polícias estão a dizer que querem o direito à greve. Chegam assinaturas nesse sentido de todo o país".

"Significa que 75 por cento dos polícias acham que devemos ter direito à greve", frisou.

O responsável falava em Peniche no intervalo de uma assembleia-geral da associação, que mobilizou 350 polícias de todo o país.

Referindo que "o Governo não respeita a lei sindical, não respeita a negociação colectiva", o dirigente sublinhou que neste momento "não há outra forma senão exigir uma possibilidade de reivindicar os direitos de uma forma mais concreta". "Já que não nos ouvem, se calhar a única forma será recorrermos ao direito à greve", concluiu.

O dirigente disse ainda que os polícias têm vindo a perder direitos com o fim do sistema de assistência a familiares na doença ou a falta de perspectivas de progredir na carreira.

"O Governo menospreza os profissionais, nunca somos ressarcidos das horas que trabalhamos a mais e todos os dias nos são retirados direitos como o de sermos trabalhadores estudantes ou o de poder escolher os dias em que gozamos férias", afirmou.

Fonte: PUBLICO.PT

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