terça-feira, março 21, 2006
PSP e GNR: Informação digital vai fornecer dados sobre as áreas de risco
Projecto está a ser desenvolvido pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil sob encomenda do ministro António Costa. Mapa digital vai abranger áreas metropolitanas do Porto e Lisboa e permitirá um maior controlo dos grupos criminosos.
As áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, em particular as áreas de risco, estão a ser sujeitas a um levantamento cadastral (com recurso a GPS para ser operado em suporte digital) que servirá de apoio à intervenção no combate ao crime por parte da PSP e da GNR, segundo soube o JN junto de fontes policiais. A informação ali contida vai abranger desde dados relativos a actividades criminosas até elementos demográficos e urbanísticos e acaba por se enquadrar no objectivo de melhorar a acção policial, que vai passar também a operar com meios mais musculados pelas directivas da GNR e para a PSP (...).
O projecto, realizado no âmbito do programa "Metrópoles Seguras", está a ser desenvolvido pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), sob encomenda do Ministério da Administração Interna, que confirmou a informação, embora se tenha recusado a prestar declarações mais pormenorizadas.
O JN sabe, no entanto, que quer a PSP quer a GNR já estão a recolher informação para fornecer ao LNEC, no âmbito dos respectivos Planos de Intervenção em Áreas de Risco, entretanto já elaborados. Foi também constituído um grupo de trabalho com um representante do Ministério da Administração Interna, Pedro Botelho, enquanto pelo LNEC está o sociólogo Paulo Machado, que chefia a equipa de especialistas. Do grupo de trabalho fazem parte outros ministérios, embora a liderança pertença ao MAI e está previsto que os trabalhos estejam concluídos ainda este ano ou no início de 2007.
E se bem que o suporte digital abranja as áreas metropolitanas, o objectivo é que chegue ao pormenor de identificar as ruas onde se verificam mais incidentes criminosos, assim como identificar a origem mais frequente desses mesmos grupos. O sistema pode permitir assim conciliar a informação recolhida pela PSP e pela GNR e prevenir a prioridade da actuação em determinadas áreas. A isto surge agregada a informação dos grupos demográficos originários e alvos dos grupos criminosos, assim como definir a malha urbanística.
Parte desses dados urbanísticos poderão igualmente ser recolhidos com recurso à fotografia aérea ou por satélite, elementos que permitirão classificar as áreas de risco e melhor definir os tipos de intervenção policial.
Os riscos vão ser definidos em três níveis - baixo risco, médio risco e crítico - embora enquanto a PSP tenha como base um sistema de cores (laranja, amarelo e verde) para classificar o sistema já a GNR utiliza um conceito com base exactamente na designação. O sistema vai ser essencialmente utilizado a nível de comando.
Fonte: Jornal de Notícias
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