quarta-feira, março 29, 2006

Militares da GNR estão sujeitos a "enormes pressões"


A Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG) relacionou hoje a morte de dois agentes da GNR, em Estarreja e na Guarda, com as "enormes pressões a que os profissionais estão actualmente sujeitos" no desempenho das suas funções.

O coordenador regional do centro da ASPIG, Carlos Brás, salientou que "existe hoje na guarda uma pressão cada vez maior sobre os profissionais, devido ao aumento das cargas horárias e à multiplicação de funções" atribuídas à GNR, apesar de ter frisado que a associação terá "uma posição reservada" sobre as duas mortes, até ao seu "total esclarecimento".

"O dispositivo continua a ser o mesmo e as funções da guarda não têm parado de aumentar", disse Carlos Brás, admitindo que esta situação possa estar na origem de "depressões graves" e ser mesmo causa de morte.

Hoje de madrugada morreu um elemento da GNR com 47 anos, aparentemente por doença súbita, quando perseguia dois menores suspeitos de terem assaltado um mini-mercado em Estarreja.

Mais tarde, por volta das 09h00, outro militar da GNR, de 48 anos, foi encontrado morto nas instalações do grupo territorial da corporação na cidade da Guarda. Apresentava ferimentos provocados por um tiro da arma de serviço, o que indicia que poderá ter cometido suicídio.

Fonte: Público

1 comentário:

Anónimo disse...

Naturalmente que as depressões matam e estes 2 casos deviam de ser devidamente analisados.
Só que já sabemos que os verdadeiros resultados dos inquèritos serão sempre ocultados.
Enfim, é esta a GNR que temos dominada pelo loby militar.

Augusto