Rogério Alves diz que 2006 será o ano "das reformas profundas" no sistema judiciário
Portugal está a assistir "ao maior ataque jamais desferido contra a advocacia", considerou o bastonário da Ordem dos Advogados, Rogério Alves, na sessão de abertura do VI Congresso dos Advogados Portugueses, em Vilamoura.
"Pretende-se restringir a acção dos advogados, intimidá-los, dizer que não só os advogados defendem os maus, são tão maus como os que defendem", disse. "Sentimo-nos um pouco estranhos nos tribunais, mal recebidos, excluídos no processo penal", lamentou, criticando a "pressão de uma opinião pública manipulada por quem quer acorrentar os advogados ao grande cortejo de culpas e lamentações que caracteriza a justiça portuguesa".
"Nós não somos criminosos, não somos cúmplices de criminosos, mas em caso nenhum nos tornaremos delatores", frisou.
"Será lamentável se acabarmos 2006 sem a realização de reformas profundas no processo civil, sem reformas profundas no mapa judicial", observou, garantindo que, a partir de Janeiro, os advogados vão estar mais atentos e reunir-se mais vezes. "O ano de 2006 deverá ser um ano de soluções contra as lamentações e recriminações que caracterizaram 2005", concluiu.
O VI Congresso dos Advogados Portugueses decorre até sábado.
in www.jn.sapo.pt
quinta-feira, novembro 17, 2005
VI Congresso dos Advogados Portugueses - Bastonário fala em “clima de intimidação"
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