quinta-feira, novembro 03, 2005

Forças de Segurança: estruturas sindicais agendam acção de luta para 14 de Dezembro

A Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança vai promover uma acção de luta a 14 de Dezembro, revelou hoje José Manageiro, presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG).

"A acção, cujos contornos serão definidos numa reunião posterior, visa mostrar ao Governo que deve inverter a sua política no que diz respeito às forças e aos serviços de segurança", afirmou o responsável da APG, que falou à Lusa após uma reunião da Comissão Coordenadora em Lisboa.

O encontro, que decorreu hoje na sede da APG, contou com membros das várias estruturas sindicais que compõem a Comissão: a Associação dos Profissionais da Guarda, Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP), Associação Sócio-Profissional da Polícia Marítima (ASPPM), Associação da Carreira de Investigação e Fiscalização (ACIF) do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP).

A redução de direitos na assistência na doença, a alteração dos sistemas de aposentação e o congelamento na progressão das carreiras foram apontados por José Manageiro como os três principais aspectos que os profissionais das forças e serviços de segurança contestam.

"Os profissionais estão a atravessar uma fase de profunda indignação e de grande desmotivação com as medidas do Governo que nada faz para impedir o desalento, não tem uma palavra de esperança, não se mostra sensível", lamentou o presidente da APG.

Para o responsável, "da parte do Ministério da Administração Interna assiste-se mesmo uma atitude de continuidade das políticas restritivas", pois, "além das medidas que afectam o rendimento dos profissionais", não há um maior investimento "nos equipamentos e nas instalações".

Ao final da tarde, a Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança iniciou uma segunda reunião, alargada aos dois sindicatos de oficiais da polícia e a três associações das forças armadas, a Associação dos Oficiais das Forças Armadas (AOFA), Associação Nacional de Sargentos (ANS) e Associação dos Praças da Armada (APA), que têm vindo a desenvolver acções de luta por motivos idênticos.


"Há medidas do Governo que afectam ambos os sectores, pelo que se justificava uma reunião conjunta para estudar os pontos de vista convergentes", esclareceu José Manageiro, explicando a abertura da Comissão a estruturas que não a integram.

O descontentamento provocado pelas medidas governativas levou já a Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações das Forças e Serviços de Segurança a promover duas manifestações em Lisboa.

03-11-2005
Fonte LUSA.

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