sexta-feira, novembro 04, 2005

Sindicato dos polícias vai processar ministro da Administração Interna

O Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP/PSP) anunciou hoje que vai agir judicialmente contra o ministro da Administração Interna, que ontem acusou a estrutura sindical de dizer "asneiras e falsidades".

Em comunicado, a direcção do SPP explica que, "para efeitos judiciais", enviou um pedido ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, a solicitar uma cópia da gravação áudio e vídeo das afirmações do ministro António Costa, durante o debate na especialidade da proposta de Orçamento de Estado para 2006.

"O sindicato do senhor Ramos é o que mais fala, entre os nove ou dez sindicatos e associações existentes na Polícia de Segurança Pública [PSP], mas nem sequer é o mais representativo e só diz asneiras e falsidades", disse ontem o governante.

"Quando o sindicato do senhor Ramos fala, é cem por cento sobre cem por cento de asneiras e falsidades. É garantido. Os outros sindicatos e associações variam", acrescentou António Costa, referindo-se ao presidente do SPP, o agente principal António Ramos, alvo de dois processos disciplinares, um dos quais poderá levar ao seu afastamento da PSP.

Para o SPP, o ministro da Administração Interna "não poderá justificar a difamação pela fogosidade do combate político".

António Costa comentava uma declaração pública de António Ramos, segundo a qual os agentes policiais pagam do seu bolso coletes à prova de bala.

O ministro da Administração Interna referiu, ainda, que o Governo vai adquirir mais coletes à prova de bala para as forças de segurança, além de pistolas de nove milímetros.

in Publico.pt

1 comentário:

Anónimo disse...

Concordo inteiramente!
Esta cambada de politicozecos ou poilitiqueiros, como lhes queriamos chamar, devem sentir que não são os donos do mundo e que neste País, pelo menos por enquanto, ainda há a lei que é igual para todos e tb se lhes aplica a eles.
Quer dizer: o António Ramos por dizer que tinham mandado um PM para Bruxelas e que iriam mandar o outro para o Quénia, aqui del-Rei, processo disciplinar e, na melhor dos hipóeteses, o homem vai ser demitido; por sua vez, este minsitrozinho, que não se lhe conhece nenhum passado além da politiquice ( dizem que é advogado mas tal como a outros que se dizem advogados, por exp. Santana Lopes, não se lhe conhece obra... ), pode dizer o que quiser, injuriar e difamar as pessoas e nada lhe acontece. Era o que mais faltava!...