terça-feira, abril 18, 2006

Sindicatos e associações das forças de segurança marcam manifestação para 7 de Junho


Os sindicatos e associações profissionais das forças de segurança marcaram para o dia 7 de Junho uma concentração em Lisboa para reivindicar melhores condições de trabalho.

A decisão foi anunciada após uma reunião da comissão coordenadora permanente dos sindicatos e associações dos profissionais das forças e serviços de segurança, que engloba os profissionais da Polícia Marítima, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Guardas Prisionais, PSP e GNR.

Paulo Rodrigues, da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP), da PSP, disse à agência Lusa que para o dia 7 de Junho é esperada uma "mega manifestação" com uma "forte mobilização dos trabalhadores afectados pelas medidas do Governo".

Os representantes associativos exigem que o ministro da Administração Interna, António Costa, se mostre disponível para dialogar com as forças de segurança. Se isso não se concretizar em tempo útil, será então tomada uma posição, disse o mesmo representante da ASPP, sem adiantar mais pormenores.

De acordo com Paulo Rodrigues, os participantes na reunião concluíram que a "atitude economicista do Governo tem hipotecado o investimento nas forças de segurança".

A mesma fonte acrescentou que face ao aumento do crime organizado e violento, as forças de segurança continuam mal apetrechadas, nomeadamente com falta de viaturas, armas e coletes à prova de bala.

"Tem havido ‘marketing’ político por parte do ministro da Administração Interna", disse Paulo Rodrigues, criticando o Governo por prometer armas que nunca entregou e de entregar, por exemplo, algumas viaturas e coletes em número "muito insuficiente em relação às necessidades".

Segundo Paulo Rodrigues, a comissão coordenadora criticou também a forma como o Governo "impôs, sem negociar" algumas questões como a retirada de direitos sociais - os cônjuges deixaram de ter direito à assistência na doença - e a alteração da lei da pré-aposentação.

As forças de segurança criticam o facto de a pré-aposentação ter sido prolongada até aos 60 anos, disse a mesma fonte, que acrescentou que face ao aumento do crime organizado e violento é necessária uma "polícia mais jovem".

A questão do pagamento das horas extraordinárias e a "insensibilidade do Governo para a criação de um subsídio de risco", são outras razões que levaram a comissão coordenadora a decidir-se por uma concentração.


Fonte: Lusa e PUBLICO.PT

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