terça-feira, fevereiro 21, 2006

Pulseiras "vigiam" bebés


O Hospital de S. João, no Porto, vai arrancar, nos próximos dias, com um sistema electrónico de vigilância de bebés, através de uma pulseira colocada no tornozelo ou no pulso das crianças. Caso os bebés saiam dos serviços onde estão colocados sem autorização (ou seja, sem que a referida pulseira esteja desactivada), dispara um alarme que alerta os responsáveis da unidade de saúde para a situação.

Os primeiros testes ao sistema já foram efectuados, mas aguarda-se, agora, que chegue todo o equipamento necessário para o arranque do projecto. No início do próximo mês, o sistema já deverá estar em pleno funcionamento, acredita Tiago Guimarães, adjunto da Direcção Clínica do "S. João".

Numa altura em que o desaparecimento de bebés em unidades de saúde volta a ganhar actualidade com o caso do Hospital do Vale do Sousa (...), Tiago Guimarães salvaguarda que o sistema está em preparação há bastante tempo, no âmbito do processo de acreditação do hospital. O modelo que, actualmente, só existe em duas unidades públicas nacionais - Garcia de Orta, em Lisboa, e Leiria - afigura-se de extrema relevância numa unidade como o "S. João", onde se regista 2600 partos por ano.

No Hospital de S. João, o sistema - que se destina apenas às crianças internadas - vai funcionar nos serviços de Pediatria, Neonatologia, Obstetrícia e Berçário. Naquelas unidades estão já instalados sensores (pequenas antenas, no tecto) que permitem localizar as crianças e os computadores a partir dos quais são activadas e desactivadas as pulseiras e gerido o sistema. Quando tudo estiver operacional, caso os bebés saiam do perímetro de segurança, o alarme sonoro é activado. Paralelamente, a porta do serviço onde dispara o alerta (aviso que também chega à sala de controlo central do hospital) é encerrada.

O pessoal de enfermagem disporá de um cartão que permite neutralizar o alarme, caso haja necessidade de levar a criança a outra unidade, para, por exemplo, realizar exames. Dessa forma, evita-se que haja necessidade de estar sempre a activar e desactivar o sistema. No entanto, o cartão será pessoal, o que permitirá controlar quem anda com o bebé. E se a saída demorar mais do que o previsto, o alarme também avisa para a situação.

Fonte: Jornal de Notícias

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