terça-feira, fevereiro 07, 2006

Conselho Superior da Magistratura compreende Juízes


Recusa em despachar processos após as 17 horas é uma "reacção normal".

O presidente do Conselho Superior da Magistratura (CSM) considera a recusa de muitos juízes em despacharem processos após as 17 horas como uma "atitude emocional" e uma "reacção normal" ao tratamento do Governo.

"É uma atitude quase emocional, uma resposta ao tratamento que nos tenta igualar a todos os outros sistemas", referiu José Moura Nunes da Cruz aos jornalistas, depois de ter recebido em audiência o líder do PSD, Marques Mendes.

Para Nunes da Cruz, "as medidas podem ser tomadas com uma certa consideração e um certo respeito e não contra os juízes".

O presidente do CSM recusou, no entanto, que se trate de uma "greve de zelo". "O que não há é aquela dedicação louca que muitas vezes fazia com que não víssemos as nossas famílias", justificou.

Nunes da Cruz salientou ainda que esta atitude não prejudica os processos considerados urgentes. "Não há atraso nenhum com os processos urgentes. Os outros fazem-se quando houver tempo para isso", afirmou.

O “Diário de Notícias” escreveu na sua edição de ontem que muitos juízes estão a recusar-se a despachar processos além das 17 horas, o horário normal de funcionamento dos tribunais, o que está a adiar processos para 2008.


Fonte: Jornal de Notícias

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