segunda-feira, maio 22, 2006

Doar óvulos rende 900 euros


Portuguesas vão a Espanha ajudar outras mulheres a engravidar. Dinheiro não é a principal motivação, dizem. Também há largas dezenas que tentam ser mães no país vizinho.

São cada vez mais as portuguesas que doam os seus óvulos em Espanha e outras que recorrem a clínicas espanholas para engravidar com óvulos de dadoras, revelou a responsável clínica de um dos maiores centros de reprodução naquele país.

Em entrevista à Agência Lusa, a directora de reprodução assistida do Instituto Marques, Mariza López-Teijón, confirmou, sem o quantificar, o aumento do número de portuguesas dadoras de óvulos que recorrem a este centro de ginecologia e obstetrícia espanhol, fundado em Barcelona há 80 anos.

O instituto lançou recentemente uma campanha de apelo à doação de óvulos e sémen, com vista à sua utilização por pessoas com problemas de infertilidade, que procuram cada vez mais este método para engravidar.

Pela doação de óvulos, as mulheres recebem do Instituto Marques 900 euros, pela de sémen os homens recebem 50 (por cada colheita válida).

As portuguesas têm-se mostrado sensíveis e são várias as jovens que têm doado os seus óvulos, ao contrário dos portugueses que não têm respondido de igual forma ao apelo para a doação de sémen.

As dadoras portuguesas são jovens, normalmente estudantes universitárias que estão a viver em Barcelona e com um nível sócio-económico médio e alto.

Por esta razão, Mariza López-Teijón considera que o dinheiro não é a principal motivação destas dadoras, apesar da compensação económica que recebem no final do processo.

A doação de óvulos pressupõe um exame ginecológico que, em alguns casos, é o primeiro realizado por estas mulheres que têm de ter entre 18 de 35 anos, um bom estado de saúde física e psicológica e ausência de doenças hereditárias.

A doação faz-se através de injecções hormonais para que a mulher produza vários óvulos que serão colhidos numa intervenção clínica e indolor, segundo Mariza López-Teijón.

Ao todo, as dadoras precisam de se deslocar quatro vezes ao instituto.

De acordo com a lei espanhola, o anonimato da operação garante que a dadora jamais conheça a criança que nasceu com o seu material genético, nem aos pais saberem quem doou o óvulo.

Para Mariza López-Teijón, as portuguesas que doam os seus óvulos fazem-no por razões de «consciência» e para «ajudar outras mulheres que não podem ter filhos», tal como as restantes dadoras.

Outras portuguesas vão a Espanha, não para doar, mas sim para receber óvulos de dadora e, desta forma, tentar engravidar.

Ao Instituto Marques chegam anualmente «largas dezenas» de portuguesas que procuram engravidar com óvulos doados por outras mulheres.

Fonte: Lusa e Portugal Diário

1 comentário:

Anónimo disse...

Yes folks, their strap on phone sex gold medal looks the same as everybody elses.
NBC Sports Commentator�s comment after watching strap on phone sex