Mais de metade das prisões portuguesas estão sobrelotadas e três delas recebem mais do dobro dos presos que deveriam. Angra do Heroísmo (com uma taxa de ocupação de 251%), Elvas (234%) e Portimão (214%) são os estabelecimentos prisionais mais lotados, de acordo com os dados da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais relativos a 15 de Junho deste ano.
No total, a taxa de ocupação das prisões portuguesas é de 103,5% (104,8% nos espaços masculinos e 89% nos espaços femininos), o que, apesar de tudo, revela uma tendência positiva: em 2003 a taxa de ocupação era de 121% e havia 12 estabelecimentos com uma ocupação de pelo menos o dobro da sua capacidade.
Existem 53 estabelecimentos prisionais no país, 17 dos quais são centrais e 31 regionais. A situação é especialmente grave nas prisões regionais, onde a taxa de ocupação é de 123,1% - uma situação que se deve ao facto de estas cadeias estarem vocacionadas para receber, sobretudo, presos preventivos, que estão a aguardar julgamento e que, por isso, não podem ser deslocados, segundo explica fonte da Direcção-Geral.
Neste momento, há 12 653 reclusos em Portugal, 23,2% são preventivos . Por isso, são também estes os estabelecimentos mais afectados pela reforma que está actualmente em curso, com encerramentos e construção de novos estabelecimentos (Angra do Heroísmo é uma das localidades que terão uma nova cadeia).
A sobrelotação também não pode ser vista sem ter em conta o tamanho do estabelecimento: numa prisão com capacidade para 593 presos, como Alcoentre, é "relativamente fácil" acomodar mais 15 pessoas; o que é diferente de ter 14 presos a mais numa cadeia como a de Braga, que tem capacidade para 75 detidos.
A população prisional portuguesa é maioritariamente masculina (há apenas 886 mulheres) e tem entre 25 e 39 anos - há 6691 detidos dentro desta faixa etária; enquanto 2594 presos têm entre 40 e 59 anos; e apenas 1762 têm entre 19 e 24 anos.
Quase três mil foram detidos devido a roubo ou furto e mais de 2500 estão na prisão por crimes relacionados com tráfico e consumo de estupefacientes. Há ainda um número importante de homicídios: 1234 (dos quais apenas 96 cometidos por mulheres) e de violações (202).
Por Maria João Caetano, in DN Online.
No total, a taxa de ocupação das prisões portuguesas é de 103,5% (104,8% nos espaços masculinos e 89% nos espaços femininos), o que, apesar de tudo, revela uma tendência positiva: em 2003 a taxa de ocupação era de 121% e havia 12 estabelecimentos com uma ocupação de pelo menos o dobro da sua capacidade.
Existem 53 estabelecimentos prisionais no país, 17 dos quais são centrais e 31 regionais. A situação é especialmente grave nas prisões regionais, onde a taxa de ocupação é de 123,1% - uma situação que se deve ao facto de estas cadeias estarem vocacionadas para receber, sobretudo, presos preventivos, que estão a aguardar julgamento e que, por isso, não podem ser deslocados, segundo explica fonte da Direcção-Geral.
Neste momento, há 12 653 reclusos em Portugal, 23,2% são preventivos . Por isso, são também estes os estabelecimentos mais afectados pela reforma que está actualmente em curso, com encerramentos e construção de novos estabelecimentos (Angra do Heroísmo é uma das localidades que terão uma nova cadeia).
A sobrelotação também não pode ser vista sem ter em conta o tamanho do estabelecimento: numa prisão com capacidade para 593 presos, como Alcoentre, é "relativamente fácil" acomodar mais 15 pessoas; o que é diferente de ter 14 presos a mais numa cadeia como a de Braga, que tem capacidade para 75 detidos.
A população prisional portuguesa é maioritariamente masculina (há apenas 886 mulheres) e tem entre 25 e 39 anos - há 6691 detidos dentro desta faixa etária; enquanto 2594 presos têm entre 40 e 59 anos; e apenas 1762 têm entre 19 e 24 anos.
Quase três mil foram detidos devido a roubo ou furto e mais de 2500 estão na prisão por crimes relacionados com tráfico e consumo de estupefacientes. Há ainda um número importante de homicídios: 1234 (dos quais apenas 96 cometidos por mulheres) e de violações (202).
Por Maria João Caetano, in DN Online.
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