segunda-feira, julho 02, 2007

Human Rights Watch lança website em português

A Human Rights Watch (HRW) lançou um novo website em português com o objectivo de informar e sensibilizar o mundo lusófono para as violações globais dos direitos humanos, anunciou hoje aquela organização não-governamental.

"Com este website, a HRW espera alcançar os media e o público falante de língua portuguesa por todo o mundo com o intuito de sensibiliza-lo para as violações globais de direitos humanos", disse Reed Brody, director europeu de imprensa daquela organização.

O novo site da organização não-governamental, que entrou em funcionamento numa altura em que Portugal tomou posse da presidência rotativa da União Europeia (no domingo), contém relatórios e notícias sobre os últimos acontecimentos em direitos humanos por todo o planeta, destacando essencialmente assuntos relevantes para o mundo lusófono.

Informações sobre os antecedentes de países como Angola ou Brasil, a justiça internacional, direitos das crianças e mulheres, prisioneiros, refugiados e VIH/SIDA são alguns dos principais assuntos abordados no site.

"Enquanto activistas de direitos humanos, nós acreditamos que indivíduos informados e dedicados podem promover a mudança", frisou Brody, descrevendo o site como um dos recursos "mais importantes que podemos tornar acessível ao público, uma vez que reflecte a nossa filosofia, visão e o impacto do nosso trabalho".

A organização de defesa dos direitos humanos disse, terça-feira passada, esperar que Portugal use a presidência portuguesa da União Europeia (UE) para "intensificar a defesa dos direitos humanos por todo o mundo".

"A credibilidade da UE em matéria de direitos humanos e justiça vai ser testada em grande medida através da sua resposta às violações cometidas pelos "três grandes" - Rússia, China e Estados Unidos da América -, pela sua resposta a emergências como a crise no Darfur e pela sua fiscalização dos direitos humanos na Europa", afirmou Lotte Leicht, directora de sensibilização da HRW.

A HRW lembrou ainda que o início da presidência portuguesa dos 27 foi antecedida de um "mau presságio", por o primeiro-ministro José Sócrates ter afirmado na sua recente visita a Moscovo que "ninguém deve dar lições (de moral) a ninguém", o que a organização classificou como uma "traição aos direitos humanos na Rússia".

Todavia, a organização internacional sublinhou que "quando Timor-Leste sofria sob a ocupação indonésia, Portugal liderou a campanha internacional contra os abusos" que se verificavam no território.

Referindo-se às situações que considera mais graves, a responsável da organização, fundada em 1978, apontou a "crise sangrenta no Darfur [Sudão]", a "deterioração da situação de direitos humanos na Rússia", os poucos progressos verificados na China e os "abusos" cometidos pelos Estados Unidos.

(Fonte: PUBLICO.PT)

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