O Algarve registou um aumento dos casos registados de apoio à vítima. A grande maioria são mulheres, diz a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima.
“As mulheres constituem perto de 90 por cento dos casos registados, muitas vezes trazem também as crianças”, diz Mário José, coordenador regional da APAV, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima.
Só em 2006, a APAV registou 851 casos declarados de violência, na maioria violência doméstica exercida sobre mulheres. Os números das estatísticas nacionais da APAV revelam que a região algarvia registou um aumento médio de casos na ordem dos dois por cento face ao ano de 2005, ainda assim bastante inferior ao aumento cifrado a nível nacional, que rondou os dez por cento.
O Algarve está, aliás, numa posição invejável, pelo menos a avaliar pelo número de pontos de apoio. Com cinco núcleos da APAV – em Faro, Albufeira, Loulé, Portimão e Tavira – o Algarve destaca-se pela positiva, com perto de um terço dos pontos da APAV a nível nacional (14, ao todo, incluindo Lisboa e Porto).
A nível nacional, registaram-se em 2006 um total de 7.935 processos de apoio, estimando-se que os crimes que os originaram – fundamentalmente maus tratos físicos e psíquicos - tenham envolvido perto de 13.500 pessoas (perto de 12 mil mulheres). 85 por cento dos crimes assinalados ocorreram no âmbito de situações de violência doméstica, os restantes estão nas categorias de crimes contra as pessoas e a humanidade (10,9%), crimes contra o património (2,3%), crimes contra a vida em sociedade e Estado (0,2%), crimes rodoviários (0,1%) e outros crimes (0,1%).
Na maioria, o trabalho da APAV caracteriza-se pelo apoio genérico e encaminhamento para outras instâncias, em perto de metade dos casos, mas é de realçar uma crescente prestação de apoio emocional, bem como de apoio jurídico. Na maioria dos casos, o contacto com a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima é ainda feito por telefone, uma em cada duas mulheres utiliza este meio para reportar abusos. As restantes optam por dirigir-se presencialmente aos núcleos distribuídos pelas várias zonas do País.
Nos casos reportados, a maioria das vítimas são casadas e situam-se nos escalões etários entre os 26 e os 45 anos. Os agressores têm maioritariamente entre os 26 e os 55 anos.
Curiosamente, grande parte das vítimas tem elevadas habilitações, com grau superior de ensino, bem como os agressores.
Por Mário Lino, in Observatório do Algarve
“As mulheres constituem perto de 90 por cento dos casos registados, muitas vezes trazem também as crianças”, diz Mário José, coordenador regional da APAV, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima.
Só em 2006, a APAV registou 851 casos declarados de violência, na maioria violência doméstica exercida sobre mulheres. Os números das estatísticas nacionais da APAV revelam que a região algarvia registou um aumento médio de casos na ordem dos dois por cento face ao ano de 2005, ainda assim bastante inferior ao aumento cifrado a nível nacional, que rondou os dez por cento.
O Algarve está, aliás, numa posição invejável, pelo menos a avaliar pelo número de pontos de apoio. Com cinco núcleos da APAV – em Faro, Albufeira, Loulé, Portimão e Tavira – o Algarve destaca-se pela positiva, com perto de um terço dos pontos da APAV a nível nacional (14, ao todo, incluindo Lisboa e Porto).
A nível nacional, registaram-se em 2006 um total de 7.935 processos de apoio, estimando-se que os crimes que os originaram – fundamentalmente maus tratos físicos e psíquicos - tenham envolvido perto de 13.500 pessoas (perto de 12 mil mulheres). 85 por cento dos crimes assinalados ocorreram no âmbito de situações de violência doméstica, os restantes estão nas categorias de crimes contra as pessoas e a humanidade (10,9%), crimes contra o património (2,3%), crimes contra a vida em sociedade e Estado (0,2%), crimes rodoviários (0,1%) e outros crimes (0,1%).
Na maioria, o trabalho da APAV caracteriza-se pelo apoio genérico e encaminhamento para outras instâncias, em perto de metade dos casos, mas é de realçar uma crescente prestação de apoio emocional, bem como de apoio jurídico. Na maioria dos casos, o contacto com a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima é ainda feito por telefone, uma em cada duas mulheres utiliza este meio para reportar abusos. As restantes optam por dirigir-se presencialmente aos núcleos distribuídos pelas várias zonas do País.
Nos casos reportados, a maioria das vítimas são casadas e situam-se nos escalões etários entre os 26 e os 45 anos. Os agressores têm maioritariamente entre os 26 e os 55 anos.
Curiosamente, grande parte das vítimas tem elevadas habilitações, com grau superior de ensino, bem como os agressores.
Por Mário Lino, in Observatório do Algarve
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Documentação:
PDF - Violência doméstica 2006 - clique aqui
(Fonte: APAV)
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