A Polícia Judiciária (PJ) criou três secções especializadas para combater a corrupção nas autarquias, nas empresas públicas e municipais, no poder central e no desporto.
O reforço do combate à corrupção surge na sequência de uma reestruturação da Direcção Central de Investigação da Corrupção e da Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF), determinada pela actual direcção da PJ, e que tem como objectivo a especialização da investigação.
O "Jornal de Notícias" escreve hoje que, das cinco secções existentes da DCICCEF, três ficam vocacionadas só para o combate à corrupção, uma delas com a área do fenómeno desportivo.
O director da PJ, Alípio Ribeiro, adianta que a medida, proposta pelo director da DCICCEF, Moreira da Silva, foi "de imediato aprovada".
O despacho que dá forma à nova estrutura de combate à corrupção na PJ foi assinado ontem por Alípio Ribeiro e altera o figurino criado pela anterior direcção, de Santos Cabral e Mouraz Lopes.
Com o apoio de Santos Cabral, Mouraz Lopes tinha transformado as várias secções da DCICCEF, dando-lhes um cariz mais generalista com o alegado intuito de flexibilizar os recursos humanos.
A medida, escreve o JN, está a ser bem aceite na DCICCEF.
Alípio Ribeiro diz também que "o crime de corrupção é muito específico e para agilizar as investigações há que conhecer o meio técnico - a legislação - e o modo de funcionamento dos vários organismos".
"Não se pode investigar, por exemplo, um crime no meio autárquico sem se conhecer a legislação mas também o modo de funcionamento das autarquias, como operam, como se interligam as várias entidades", afirma.
Também o "Correio da Manhã" destaca na sua edição de hoje a criação das três secções para o combate à corrupção.
A primeira secção, chefiada pela inspectora-coordenadora Patrícia Fonseca, terá a seu cargo a corrupção na Administração Central e empresas municipais.
A segunda secção, chefiada por Manuela Santos, vai investigar a corrupção, peculato, abuso de poder ou tráfico de influências na Administração Central e nas empresas públicas.
Por fim, a terceira secção, liderada por Rita Galamba, vai concentrar-se na corrupção no desporto, em especial no futebol, nas forças de segurança e no comércio internacional.
De acordo com o diário, estas secções são compostas por três brigadas, num total de 20 inspectores.
A criminalidade fiscal e o branqueamento de capitais continua a ter uma secção autónoma, liderada pelo inspector-coordenador Vítor Paiva, e o crime informático está a cargo de uma outra secção chefiada por Rosa Mota.
Fonte: Lusa e PUBLICO.PT
(Foto: Fernando Veludo/PÚBLICO)
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