José Barra da Costa, ex-inspector da Polícia Judiciária e investigador na área da criminologia, considera que metade de condenações no número total de processos de maus-tratos entre cônjuges já constitui "uma boa percentagem". Precisamente pela dificuldade de fazer prova em tribunal de crimes que acontecem muitas vezes sem testemunhas, comparáveis aos casos de fogo posto, em que os indícios também desaparecem.
Para o especialista, aumentar a percentagem de condenações neste tipo de casos só será possível com mais aposta na investigação.
"Não é com investimento nas associações de apoio à vítima", argumenta. "No fundo, este tipo de organismos não tem interesse em acabar com a violência doméstica. Se acabasse, deixaria de ter razão de existir", defende Barra da Costa, criticando o facto de as associações governamentais e não-governamentais fecharem as portas "todos os dias às 17.30 horas". "Precisamente quando os maridos chegam a casa e batem nas mulheres, ou vice-versa. A partir dessa hora, as vítimas só podem ligar para telefones, se calhar de atendimento automático", critica, apontando a disparidade entre os números de queixas naquele tipo de associações e os casos que efectivamente constituem crime.
O homem que, na Judiciária, investigou a rede bombista FP-25 de Abril faz a distinção entre os crimes de violência doméstica e os crimes passionais, defendendo uma formação específica para as polícias. Que "vai sendo feita, através de cursos e manuais de procedimentos". "Agora, não há razões nem interesse em apostar nas associações de apoio à vítima e nas autoridades policiais", sustenta, sublinhando que os gastos estatais em comissões "servem mais para garantir empregos" e que é muito mais importante "trabalhar fora dos gabinetes", numa visão que estende às próprias polícias.
in JN Online
Para o especialista, aumentar a percentagem de condenações neste tipo de casos só será possível com mais aposta na investigação.
"Não é com investimento nas associações de apoio à vítima", argumenta. "No fundo, este tipo de organismos não tem interesse em acabar com a violência doméstica. Se acabasse, deixaria de ter razão de existir", defende Barra da Costa, criticando o facto de as associações governamentais e não-governamentais fecharem as portas "todos os dias às 17.30 horas". "Precisamente quando os maridos chegam a casa e batem nas mulheres, ou vice-versa. A partir dessa hora, as vítimas só podem ligar para telefones, se calhar de atendimento automático", critica, apontando a disparidade entre os números de queixas naquele tipo de associações e os casos que efectivamente constituem crime.
O homem que, na Judiciária, investigou a rede bombista FP-25 de Abril faz a distinção entre os crimes de violência doméstica e os crimes passionais, defendendo uma formação específica para as polícias. Que "vai sendo feita, através de cursos e manuais de procedimentos". "Agora, não há razões nem interesse em apostar nas associações de apoio à vítima e nas autoridades policiais", sustenta, sublinhando que os gastos estatais em comissões "servem mais para garantir empregos" e que é muito mais importante "trabalhar fora dos gabinetes", numa visão que estende às próprias polícias.
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