terça-feira, novembro 14, 2006

Conferência na Guatemala analisa ligações entre corrupção e pobreza


A corrupção é a outra face da pobreza - e é para estudar as ligações entre os altos níveis de corrupção e os problemas de desenvolvimento social que mais de mil especialistas se vão reunir, entre amanhã e dia 18, na Guatemala. Segundo o relatório da Transparency Internacional, recentemente divulgado, Portugal surge no 26.º lugar no ranking dos países menos corruptos. Mas só no primeiro semestre deste ano, a Polícia Judiciária (PJ) já constituiu 629 arguidos, por suspeita de envolvimento em crimes económicos.
Basta olhar para as listas: Dinamarca, Singapura, Suécia, Suíça, Austrália e Holanda, países ricos, surgem entre os 10 menos corruptos. A corrupção grassa onde reina a pobreza, nomeadamente na África Central e entre os países da antiga União Soviética (ver gráfico).
Os especialistas vão reunir na Guatemala, país onde a "corrupção é constante" e "considerável a inaptidão", tanto na polícia quanto "nos sectores judiciais", destacando-se também a "violência social", conforme refere o o relatório anual do Departamento de Estado dos EUA sobre os direitos humanos no mundo, divulgado em Março passado. Entre outras violações aos direitos humanos na Guatemala, os EUA mencionam a violência contra a mulher, os delitos sexuais, os abusos contra as crianças e as acções dos bandos de delinquentes.
Ligado com a corrupção está o branqueamento de capitais - é necessário sempre transformar em lícito o que é conseguido de forma ilícita. Neste sentido, o branqueamento corresponde anualmente, em todo o planeta, a valores que oscilam entre os dois e os cinco por cento do produto interno bruto (PIB) mundial. Esta estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI) ajuda a perceber por que é que este crime está em expansão generalizada.

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Texto integral da notícia in DN Online.

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