"Recordar o 30.º dia... e recordar para sempre
Há cerca de um mês atrás, a imprensa marcou-nos com a notícia da morte da jornalista russa Anna Politkovskaia: Abatida a tiro no elevador da sua casa em Moscovo.
Anna Politkovskaia fez carreira como jornalista de investigação, tornando-se num exemplo de coragem e determinação pela luta dos Direitos Humanos ao escrever e denunciar os assassínios e espancamentos de civis pelo exército russo na república separatista da Chechénia.
Conforta-nos ao menos pensar que, ainda em vida, Politkovskaia foi distinguida com vários prémios na área do jornalismo, nomeadamente, a Caneta de Ouro (da União de Jornalistas da Rússia), no ano de 2001, o prémio Pen Club International, já em 2003, e o merecido Prémio Jornalismo e Democracia da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
Curiosamente, a televisão estatal russa apenas destacou, como réplica ao abalo provocado pela sua morte, os trabalhos desenvolvidos pela jornalista relativamente aos sequestros que tiveram como palco um teatro moscovita em 2002, e a inesquecível escola de Beslan, ambos levados a cabo por terroristas chechenos.
O brutal assassinato de Anna Politkovskaia veio, contudo, alertar para o verdadeiro escândalo de já terem sido “caladas para sempre” as vozes de mais de 11 jornalistas na Rússia nos últimos seis anos... tensão que se instala e parece assim lograr vigiar e coarctar, definitiva e até brutalmente, o direito à liberdade de expressão e o dever de informar.
De facto, apesar das pressões de todos aqueles que vestem este luto e que gritam apelando ao apuramento de responsabilidades sobre tamanha censura consumada em crimes sangrentos, verificamos que, decorrido um mês sobre a morte de Politkovskaia, perdemos uma das vozes da coragem e a “normalidade” traduz-se no silêncio daqueles que o tentam impor...
É fundamental levantar a voz!
Mónica Teixeira André
6 Novembro 2006"
Fonte: Ordem dos Advogados
Há cerca de um mês atrás, a imprensa marcou-nos com a notícia da morte da jornalista russa Anna Politkovskaia: Abatida a tiro no elevador da sua casa em Moscovo.
Anna Politkovskaia fez carreira como jornalista de investigação, tornando-se num exemplo de coragem e determinação pela luta dos Direitos Humanos ao escrever e denunciar os assassínios e espancamentos de civis pelo exército russo na república separatista da Chechénia.
Conforta-nos ao menos pensar que, ainda em vida, Politkovskaia foi distinguida com vários prémios na área do jornalismo, nomeadamente, a Caneta de Ouro (da União de Jornalistas da Rússia), no ano de 2001, o prémio Pen Club International, já em 2003, e o merecido Prémio Jornalismo e Democracia da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
Curiosamente, a televisão estatal russa apenas destacou, como réplica ao abalo provocado pela sua morte, os trabalhos desenvolvidos pela jornalista relativamente aos sequestros que tiveram como palco um teatro moscovita em 2002, e a inesquecível escola de Beslan, ambos levados a cabo por terroristas chechenos.
O brutal assassinato de Anna Politkovskaia veio, contudo, alertar para o verdadeiro escândalo de já terem sido “caladas para sempre” as vozes de mais de 11 jornalistas na Rússia nos últimos seis anos... tensão que se instala e parece assim lograr vigiar e coarctar, definitiva e até brutalmente, o direito à liberdade de expressão e o dever de informar.
De facto, apesar das pressões de todos aqueles que vestem este luto e que gritam apelando ao apuramento de responsabilidades sobre tamanha censura consumada em crimes sangrentos, verificamos que, decorrido um mês sobre a morte de Politkovskaia, perdemos uma das vozes da coragem e a “normalidade” traduz-se no silêncio daqueles que o tentam impor...
É fundamental levantar a voz!
Mónica Teixeira André
6 Novembro 2006"
Fonte: Ordem dos Advogados
1 comentário:
Em vez de levantar a voz pelo que se passa lá pela Rússia, devia era levantá-la pelo que se passa nesta pocilga a que se atrevem a chamar de país.
E a Ordem dos Avogados quando é que decide um recurso que interpus de uma recusa da minha inscrição nela, como Advogado (em 2003), apesar de já ter provado que tenho razão?
A demagogia e cantos de sereia da OA já cheira mal.
É preciso ter um pouco mais de pudor e de vergonha.
Vejam lá os grandes defensores dos "direitos humanos"!!!
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