Está aberta a crise na Ordem dos Advogados (OA). Depois de meses de contestação interna ao mandato de Rogério Alves, manifestada em surdina e dentro de quatro paredes, ontem as diferenças assumiram-se na audiência do julgamento do antigo bastonário José Miguel Júdice, que arrisca ser suspenso da actividade profissional por quatro meses e 15 dias, sob proposta do Conselho Superior da OA, na sequência de um dos dois processos disciplinares instaurados contra ele.
A troca de acusações entre o Conselho Superior da Ordem e Júdice dominou toda a sessão, mas o momento culminante aconteceu às 15h50, altura em que terminaram os 30 minutos previstos na lei para o arguido se defender. No entanto, e tal como prometera, o ex-bastonário não se calou e os 16 conselheiros abandonaram a sala. Júdice manteve-se na mesma posição, virado para a mesa onde apenas ficaram as garrafas de água, com as cadeiras vazias, e continuou a alegar para as paredes, como se os membros do Conselho permanecessem nos seus lugares. Atrás de si uma plateia de cerca de cem pessoas, com vários advogados conhecidos, não arredou pé até o arguido se calar, apenas duas horas depois, às 17h50. “Esta não é a minha Ordem dos Advogados. Não há machado que corte a raiz do silêncio”, terminou José Miguel Júdice, muito ovacionado.
Teor integral da notícia in Correio da Manhã
2 comentários:
Já não bastava não ter razão alguma...como ainda se presta a estas palhaçadas...patético este meu colega advogado!!!
Absolutamente de acordo!
Aliás, palhaçadas feitas em nobre casa mas com público de palhaços a apoiar e aplaudir.
Uma palavra: TRISTEZA!
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