A Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) ainda não concluiu o questionário sobre as condições existentes nos tribunais do país, iniciado há cerca de um mês, mas já foi obrigada a intervir no Tribunal de Valongo há ratos a passear por cima dos processos, das impressoras e das secretárias dos magistrados e funcionários. Para além dos excrementos e da urina que encontram sobre as suas mesas de trabalho, vários funcionários afirmam ter visto os ratos "a saltar no meio dos processos".
A Direcção-Geral da Administração da Justiça sabe disso, tendo mesmo recusado um reforço de verba da ordem dos 900 euros para se proceder a uma desratização. Ontem mesmo, através de fax enviado pela ASJP, foi novamente alertada para a situação. "É um problema de saúde pública", afirmou ao JN, António Martins, presidente da direcção.
Nos finais de Janeiro, os funcionários promoveram mesmo um abaixo-assinado em que davam conta da existência dos ratos, reclamavam a tomada de medidas urgentes e responsabilizavam os serviços por qualquer doença que eventualmente viessem a contrair.
O secretário do tribunal começou por mandar colocar veneno nas instalações. Mas de nada lhe valeu. No dia 12 de Janeiro pediu à Direcção-Geral um reforço de verbas, da ordem dos 900 euros, para proceder a uma desratização. Não obteve resposta, segundo dá conta num ofício enviado à juíza presidente.
A 25 voltou a insistir, lembrando que, para além do perigo para a saúde de quem lá trabalha e dos que ali se deslocam, existe igualmente o perigo dos ratos danificarem os cabos eléctricos e do sistema informático. Nesse mesmo dia foi informado de que o pedido foi recusado. Contactou uma empresa e esta elaborou um plano de acção e um orçamento. É preciso, numa primeira fase, desratizar, e, mais tarde, vedar as entradas da cave.
"Ainda aguardamos resposta à nossa proposta", disse, ontem à tarde, ao JN, o responsável técnico da empresa.
Contactada pelo JN, A Direcção-Geral da Administração da Justiça afirma que, no final de Janeiro, deu indicações para a desratização e que a mesma já foi concretizada sem necessidade de reforço de verbas.
Por Clara Vasconcelos, in Jornal de Notícias.
A Direcção-Geral da Administração da Justiça sabe disso, tendo mesmo recusado um reforço de verba da ordem dos 900 euros para se proceder a uma desratização. Ontem mesmo, através de fax enviado pela ASJP, foi novamente alertada para a situação. "É um problema de saúde pública", afirmou ao JN, António Martins, presidente da direcção.
Nos finais de Janeiro, os funcionários promoveram mesmo um abaixo-assinado em que davam conta da existência dos ratos, reclamavam a tomada de medidas urgentes e responsabilizavam os serviços por qualquer doença que eventualmente viessem a contrair.
O secretário do tribunal começou por mandar colocar veneno nas instalações. Mas de nada lhe valeu. No dia 12 de Janeiro pediu à Direcção-Geral um reforço de verbas, da ordem dos 900 euros, para proceder a uma desratização. Não obteve resposta, segundo dá conta num ofício enviado à juíza presidente.
A 25 voltou a insistir, lembrando que, para além do perigo para a saúde de quem lá trabalha e dos que ali se deslocam, existe igualmente o perigo dos ratos danificarem os cabos eléctricos e do sistema informático. Nesse mesmo dia foi informado de que o pedido foi recusado. Contactou uma empresa e esta elaborou um plano de acção e um orçamento. É preciso, numa primeira fase, desratizar, e, mais tarde, vedar as entradas da cave.
"Ainda aguardamos resposta à nossa proposta", disse, ontem à tarde, ao JN, o responsável técnico da empresa.
Contactada pelo JN, A Direcção-Geral da Administração da Justiça afirma que, no final de Janeiro, deu indicações para a desratização e que a mesma já foi concretizada sem necessidade de reforço de verbas.
Por Clara Vasconcelos, in Jornal de Notícias.
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