Os postos e esquadras das forças policiais de dimensão reduzida poderão ter os dias contados no próximo modelo de Segurança Interna, cujas linhas mestras são hoje apresentadas por José Sócrates no Parlamento.
A ter em conta a racionalização de estruturas aplicada no fecho de maternidades e Urgências, o Governo poderá avançar com o encerramento de 108 postos de GNR e 37 esquadras da PSP, conforme recomenda um estudo encomendado pelo Ministério da Administração Interna. E isso geraria uma poupança anual de 42 milhões de euros.
Em causa estão todos os postos da GNR com menos de 12 elementos e todas as esquadras da PSP com um efectivo inferior a 20 elementos, em particular nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Ao todo, o estudo, realizado por uma consultora em 2006, recomenda o fecho de 145 postos e esquadras de dimensão reduzida distribuídos por todo o País. É o caso, por exemplo, de S. Romão e Bencatel, no Alentejo, Moita e Alpiarça, na área de Lisboa e Vale do Tejo, Canas de Senhorim e Carmulo, na zona Centro.
Como as forças policiais estão repartidas por todo o País, as estruturas de pequena dimensão acabam por ter um peso importante no conjunto dos meios de vigilância do território: os 108 pequenos postos representam 22 por cento do total do dispositivo territorial e as 37 esquadras de dimensão reduzida são 18 por cento do total de esquadras genéricas da PSP.
Com a extinção destas estruturas, estima-se uma poupança anual de 42 milhões de euros, custo actual do funcionamento. E os recursos humanos dessas estruturas seriam integrados em postos e esquadras de maior dimensão e com uma utilização móvel.
Deste modo, explica o estudo, GNR e PSP alteravam “o modo de presença [no território] de mais fixo para mais móvel, com a redução das instalações necessárias e respectivos custos de manutenção”.
REFORMA EM DEBATE
O primeiro-ministro, José Sócrates, escolheu a reforma da segurança interna e das forças de segurança para tema do debate mensal no Parlamento, que hoje se realiza. No domínio da política de segurança, o principal objectivo do Governo é reforçar a orientação dos agentes da GNR e da PSP para funções policiais, “aumentando a sua visibilidade e eficácia e assegurando um policiamento de integração e proximidade”. O Executivo pretende ainda, entre outras, rever a disposição territorial das forças de segurança no território nacional de forma a melhorar a articulação entre GNR e PSP.
DETALHES
DIMENSÃO EM CAUSA
O interior acolhe o maior número de postos da GNR de pequena dimensão. Eis alguns exemplos: no Alentejo temos Bencatel, S. Romão, Azaruja, S. Miguel Machete, Albernoa, Telheiro; em Lisboa e Valo do Tejo são Moita, Alpiarça, S. Fernando; no Norte são Argozelo, Sandim, Morais, Torre de Chana, Rebordelo; no Centro são Alfarim, Canas de Senhorim, Carregal do Sal, Besteiros.
CENTRAL DE COMPRAS
O valor das compras externas da GNR e da PSP ascendem a 75 milhões de euros por ano. Por isso, segundo o estudo, a expansão destas aquisições ao projecto Compras Electrónicas, iniciativa desenvolvida pelo Governo, permitirá gerar poupanças financeiras no futuro. E o mesmo acontecerá em matéria de obras e limpeza internas.
Por António Sérgio Azenha / Lusa, in Correio da Manhã
A ter em conta a racionalização de estruturas aplicada no fecho de maternidades e Urgências, o Governo poderá avançar com o encerramento de 108 postos de GNR e 37 esquadras da PSP, conforme recomenda um estudo encomendado pelo Ministério da Administração Interna. E isso geraria uma poupança anual de 42 milhões de euros.
Em causa estão todos os postos da GNR com menos de 12 elementos e todas as esquadras da PSP com um efectivo inferior a 20 elementos, em particular nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Ao todo, o estudo, realizado por uma consultora em 2006, recomenda o fecho de 145 postos e esquadras de dimensão reduzida distribuídos por todo o País. É o caso, por exemplo, de S. Romão e Bencatel, no Alentejo, Moita e Alpiarça, na área de Lisboa e Vale do Tejo, Canas de Senhorim e Carmulo, na zona Centro.
Como as forças policiais estão repartidas por todo o País, as estruturas de pequena dimensão acabam por ter um peso importante no conjunto dos meios de vigilância do território: os 108 pequenos postos representam 22 por cento do total do dispositivo territorial e as 37 esquadras de dimensão reduzida são 18 por cento do total de esquadras genéricas da PSP.
Com a extinção destas estruturas, estima-se uma poupança anual de 42 milhões de euros, custo actual do funcionamento. E os recursos humanos dessas estruturas seriam integrados em postos e esquadras de maior dimensão e com uma utilização móvel.
Deste modo, explica o estudo, GNR e PSP alteravam “o modo de presença [no território] de mais fixo para mais móvel, com a redução das instalações necessárias e respectivos custos de manutenção”.
REFORMA EM DEBATE
O primeiro-ministro, José Sócrates, escolheu a reforma da segurança interna e das forças de segurança para tema do debate mensal no Parlamento, que hoje se realiza. No domínio da política de segurança, o principal objectivo do Governo é reforçar a orientação dos agentes da GNR e da PSP para funções policiais, “aumentando a sua visibilidade e eficácia e assegurando um policiamento de integração e proximidade”. O Executivo pretende ainda, entre outras, rever a disposição territorial das forças de segurança no território nacional de forma a melhorar a articulação entre GNR e PSP.
DETALHES
DIMENSÃO EM CAUSA
O interior acolhe o maior número de postos da GNR de pequena dimensão. Eis alguns exemplos: no Alentejo temos Bencatel, S. Romão, Azaruja, S. Miguel Machete, Albernoa, Telheiro; em Lisboa e Valo do Tejo são Moita, Alpiarça, S. Fernando; no Norte são Argozelo, Sandim, Morais, Torre de Chana, Rebordelo; no Centro são Alfarim, Canas de Senhorim, Carregal do Sal, Besteiros.
CENTRAL DE COMPRAS
O valor das compras externas da GNR e da PSP ascendem a 75 milhões de euros por ano. Por isso, segundo o estudo, a expansão destas aquisições ao projecto Compras Electrónicas, iniciativa desenvolvida pelo Governo, permitirá gerar poupanças financeiras no futuro. E o mesmo acontecerá em matéria de obras e limpeza internas.
Por António Sérgio Azenha / Lusa, in Correio da Manhã
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