sábado, outubro 14, 2006

Pais adoptivos e candidatos à adopção reúnem-se hoje em Setúbal


Cerca de uma centena de pais adoptivos ou candidatos à adopção reúnem-se hoje em Setúbal para trocar experiências e falar sobre o processo de adaptação da criança e da nova família.

O encontro é promovido pelo observatório online "Opção Adopção", um site criado por um grupo de pessoas que estão a passar ou já passaram por um processo de adopção de crianças e que visa fornecer toda a informação disponível sobre esta temática.

Segundo Filomena Fonseca, coordenadora do observatório, as pessoas têm a necessidade de partilhar as suas experiências aprendendo uns com os outros.

O II encontro de candidatos à adopção e de pais adoptivos é também destinado a técnicos e investigadores ligados a esta área.

No Centro Social Nossa Senhora da Paz, em Setúbal, os participantes vão assistir igualmente a um "workshop" sobre a adopção de crianças mais velhas e a outro sobre a adopção de crianças de etnia diferente.

Durante o dia de hoje será ainda abordada a questão do acompanhamento de candidatos e pais adoptivos, assim como serão apresentados relatos de experiências pessoais em processos de adopção.

Há 305 crianças aptas para serem adoptadas

Este encontro surge quatro meses depois da entrada em funcionamento da Base de Dados para a Adopção (Listas Nacionais de Adopção), que inclui todos os candidatos seleccionados para adopção, assim como as crianças e jovens em condições de serem adoptados. Essa listagem indica que há actualmente 305 crianças, das 15 mil a viver em instituições, aptas para serem adoptadas, disse à Lusa a secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz.

De acordo com os dados apurados através deste novo instrumento, das 305 crianças, 46 têm entre os 0 e os três anos, 52 entre os quatro e os seis anos, 84 entre os sete e os nove anos, 57 entre os nove e os 10 anos e 66 com mais de 12 anos.

Com a criação destas listas nacionais, adiantou, Portugal passou de uma situação arcaica em que era usado o telefone, o fax e as listagens em papel para uma base de consulta pelas entidades habilitadas.

A falta de informatização dos dados tem sido apontada como a razão para os baixos níveis de adopção em Portugal e que impedem uma maior eficácia na aplicação da lei de 22 de Agosto de 2003.

Fonte: Lusa e PUBLICO.PT

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