quarta-feira, junho 07, 2006

Sindicato dos guardas prisionais congratula-se com fecho de 22 prisões


O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional manifestou hoje o seu apoio à decisão do Governo de encerrar nos próximos três anos 22 estabelecimentos prisionais, considerando que a medida vai contribuir para melhorar as condições nas prisões.

"Estamos de acordo com a decisão do Governo porque vai significar uma melhoria das condições nas prisões portuguesas", disse o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Jorge Alves. O responsável salientou que "o corpo da guarda prisional está preparado para algumas mudanças".

O ministro da Justiça, Alberto Costa, anunciou hoje, em entrevista ao "Jornal de Notícias", que nos próximos três anos vão ser encerrados 22 estabelecimentos prisionais, para se racionalizar os custos e fazer crescer a lotação das prisões. De acordo com o governante, este é o primeiro passo para reduzir para 34 os actuais 56 estabelecimentos prisionais.

Jorge Alves disse que o sindicato já tinha pedido ao ministro da Justiça a melhoria das condições nas prisões e das condições de trabalho dos guardas prisionais. "Apoiamos completamente a decisão do governo desde que sejam salvaguardados os direitos dos guardas prisionais", adiantou.

Ontem foi tomada a decisão de encerrar as primeiras três prisões: Monção, Felgueiras e Bracannes, em Setúbal. Sobre o encerramento destas três cadeias, o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional afirmou ter conhecimento de que de facto "notava-se que havia mais guardas prisionais do que reclusos".De acordo com o último relatório da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, a maioria das prisões portuguesas estão acima da lotação máxima e três delas albergam o dobro da população para a qual estão preparadas.Actualmente estão detidas nas prisões portuguesas cerca de 13 mil pessoas, entre reclusos a cumprir pena efectiva e presos preventivos.

Fonte: Lusa e Público

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