O insucesso nos tratamentos de infertilidade tem uma nova explicação, avançada por uma investigadora da Hospitais Universitários de Coimbra. Esta descoberta, publicada na revista científica Fertility and Sterility, dá conta de que os fracassos na obtenção de uma gravidez estão associados a células femininas com pouca energia, resultando em ausência de fecundação ou paragens no desenvolvimento.
Esta descoberta abre a porta a uma nova abordagem clínica nos tratamentos de infertilidade. As falências energéticas das células femininas, os ovócitos, resultam de terem poucas mitocôndrias, moléculas que regulam a respiração celular. Se for possível determinar o número de mitocôndrias antes FIV, será possível prever o desfecho desta tentativa e aumentar a taxa de sucesso. Este é o próximo passo do trabalho de Teresa Almeida Santos, também professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
O estudo, que contou com a participação de dois investigadores da universidade britânica de Birmingham, demonstrou em produtos resultantes de tentativas falhadas de fertilização in vitro (FIV) que nos ovócitos - as células libertadas pelos ovários para serem fecundadas - havia um número reduzido de mitocondrias.
Segundo adianta Teresa Almeida Santos, autora da investigação, "a conclusão mais interessante é a correlação entre os conteúdos mitocondriais dos ovócitos e a sua capacidade de evoluir". E esta será uma razão que explica alguns casos de insucesso no tratamentos de FIV, que só resultam em gravidez em cerca de 20% dos casos.
O estudo incidiu sobre ovócitos que tinham sido fertilizados via FIV, mas cujo desenvolvimento parou pouco tempo depois, não dando assim origem ao embrião, e sobre ovócitos em que a tentativa de fertilização não tinha sido bem sucedida. Em ambos os casos, explica a investigadora, verificou-se um número mais reduzido de mitocôndrias.
A taxa de fecundação por FIV é, actualmente, muito baixa. Para os casais que recorrem a reprodução medicamente assistida, a taxa de sucesso pode chegar aos 75% após quatro tentativas. Estima-se que a infertilidade, um problema de saúde que está a aumentar, afecte cerca de 15% dos casais em todo o mundo ocidental. Em 10 a 15% destes casos, não há causa clinicamente atribuída, o que é um indicação para recurso à FIV.
Por Elsa Costa e Silva, in Diário de Notícias
Esta descoberta abre a porta a uma nova abordagem clínica nos tratamentos de infertilidade. As falências energéticas das células femininas, os ovócitos, resultam de terem poucas mitocôndrias, moléculas que regulam a respiração celular. Se for possível determinar o número de mitocôndrias antes FIV, será possível prever o desfecho desta tentativa e aumentar a taxa de sucesso. Este é o próximo passo do trabalho de Teresa Almeida Santos, também professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
O estudo, que contou com a participação de dois investigadores da universidade britânica de Birmingham, demonstrou em produtos resultantes de tentativas falhadas de fertilização in vitro (FIV) que nos ovócitos - as células libertadas pelos ovários para serem fecundadas - havia um número reduzido de mitocondrias.
Segundo adianta Teresa Almeida Santos, autora da investigação, "a conclusão mais interessante é a correlação entre os conteúdos mitocondriais dos ovócitos e a sua capacidade de evoluir". E esta será uma razão que explica alguns casos de insucesso no tratamentos de FIV, que só resultam em gravidez em cerca de 20% dos casos.
O estudo incidiu sobre ovócitos que tinham sido fertilizados via FIV, mas cujo desenvolvimento parou pouco tempo depois, não dando assim origem ao embrião, e sobre ovócitos em que a tentativa de fertilização não tinha sido bem sucedida. Em ambos os casos, explica a investigadora, verificou-se um número mais reduzido de mitocôndrias.
A taxa de fecundação por FIV é, actualmente, muito baixa. Para os casais que recorrem a reprodução medicamente assistida, a taxa de sucesso pode chegar aos 75% após quatro tentativas. Estima-se que a infertilidade, um problema de saúde que está a aumentar, afecte cerca de 15% dos casais em todo o mundo ocidental. Em 10 a 15% destes casos, não há causa clinicamente atribuída, o que é um indicação para recurso à FIV.
Por Elsa Costa e Silva, in Diário de Notícias
Sem comentários:
Enviar um comentário