O funeral de Ruth Garcês, a primeira mulher juíza em Portugal, decorre às 14h00 de amanhã, no cemitério de Porto de Mós, onde a magistrada morreu, aos 72 anos.
Ruth Garcês foi encontrada morta sábado na sua casa. O corpo da magistrada será colocado em câmara ardente na Igreja de São Pedro, em Porto de Mós, de onde sairá amanhã para o novo cemitério da vila.
João Salgueiro, presidente da Câmara de Porto de Mós, afirmou que a morte da magistrada é uma "perda irreparável para o concelho e para o país".
Ruth Garcês escolheu Porto de Mós para residir, onde chegou a exercer no tribunal local, lembrou João Salgueiro, sublinhando o seu "carácter e personalidade". "As pessoas que se lembram dela como juíza aqui elogiam sempre a sua capacidade de trabalho e o seu sentido de justiça e de rigor", acrescentou o autarca.
Natural de Lourenço Marques (actual Maputo), onde nasceu em 1934, Ruth Garcês foi a primeira mulher a ingressar na carreira de magistratura, vedada às mulheres até ao 25 de Abril.
Licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1956, regressou a Moçambique, onde exerceu advocacia durante duas décadas. Só depois da revolução dos cravos e já em Lisboa opta pela magistratura, ingressando na carreira de juiz de direito em 1977.
Voltaria a ser pioneira em 1993, quando é colocada no Tribunal da Relação de Lisboa, tornando-se na primeira mulher a aceder ao posto de juíza desembargadora.
Jubilou-se por limite de idade em 2005, um ano depois de ter contestado o concurso que a impediu de aceder ao Supremo Tribunal de Justiça, sustentando que tinha sido dada preferência "a juízes que serviram o poder político". Retomaria o assunto em “Eu Juiz me Confesso”, um livro onde toca em várias feridas do sistema judicial português, denunciando a relação perigosa entre política e justiça.
Fonte: Lusa e PUBLICO.PT
Ruth Garcês foi encontrada morta sábado na sua casa. O corpo da magistrada será colocado em câmara ardente na Igreja de São Pedro, em Porto de Mós, de onde sairá amanhã para o novo cemitério da vila.
João Salgueiro, presidente da Câmara de Porto de Mós, afirmou que a morte da magistrada é uma "perda irreparável para o concelho e para o país".
Ruth Garcês escolheu Porto de Mós para residir, onde chegou a exercer no tribunal local, lembrou João Salgueiro, sublinhando o seu "carácter e personalidade". "As pessoas que se lembram dela como juíza aqui elogiam sempre a sua capacidade de trabalho e o seu sentido de justiça e de rigor", acrescentou o autarca.
Natural de Lourenço Marques (actual Maputo), onde nasceu em 1934, Ruth Garcês foi a primeira mulher a ingressar na carreira de magistratura, vedada às mulheres até ao 25 de Abril.
Licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1956, regressou a Moçambique, onde exerceu advocacia durante duas décadas. Só depois da revolução dos cravos e já em Lisboa opta pela magistratura, ingressando na carreira de juiz de direito em 1977.
Voltaria a ser pioneira em 1993, quando é colocada no Tribunal da Relação de Lisboa, tornando-se na primeira mulher a aceder ao posto de juíza desembargadora.
Jubilou-se por limite de idade em 2005, um ano depois de ter contestado o concurso que a impediu de aceder ao Supremo Tribunal de Justiça, sustentando que tinha sido dada preferência "a juízes que serviram o poder político". Retomaria o assunto em “Eu Juiz me Confesso”, um livro onde toca em várias feridas do sistema judicial português, denunciando a relação perigosa entre política e justiça.
Fonte: Lusa e PUBLICO.PT
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