sábado, janeiro 27, 2007

Arte Judiciária está on-line

O Ministério da Justiça possui um vasto património, móvel e imóvel, de valor histórico, artístico e cultural que importa conhecer, preservar e divulgar. Os tribunais constituem o núcleo mais representativo desse património, constituindo presentemente um dos maiores expoentes da arte de cariz nacionalista em Portugal.

Pelas características da instituição, enquanto obra pública de grande dimensão e solenidade, o
tribunal constituiu um alvo apetecível para a materialização das ideologias subjacentes ao regime ditatorial, datam aliás desse período a maioria das obras de arte cuja inventariação e classificação agora se está a promover.

O Ministério da Justiça, através da Direcção Geral da Administração da Justiça, tem vindo a desenvolver, há cerca de 3 anos, um projecto de inventariação, salvaguarda e divulgação do património de valor cultural pertencente aos tribunais, designado
Projecto Domus Ivstitiae. Estando o processo de levantamento e inventariação em fase conclusiva, começam a estar reunidas as condições para poder investir na sua divulgação, bem como no necessário enquadramento cultural e educativo.

Neste âmbito, o Ministério da Justiça aderiu ao Projecto eExhibitions, promovendo uma exposição virtual, que tem como finalidade divulgar uma parte fundamental do património cultural afecto aos tribunais: a arte judiciária.

A arte existente nos tribunais é quase exclusivamente do período do Estado Novo, sendo maioritariamente constituída por arte aplicada com fins morais e ideológicos, assumindo características e iconografias próprias que a individualizam no quadro geral das artes deste período. Nela participaram alguns dos nomes mais relevantes do panorama artístico nacional do séc. XX: Almada Negreiros, Guilherme Camarinha, Joaquim Correia, Jorge Barradas, Querubim Lapa, Júlio Resende, António Lino, entre muitos outros.

Esta exposição tem como objectivo servir de espaço cultural, permitindo o acesso e a divulgação de um acervo artístico relacionado com a memória e a evolução do Poder Judicial em Portugal.

Inventariar, estudar, conservar e divulgar, a nível nacional, testemunhos da história e memória dos tribunais, bem como, através destes, promover a educação e cultura como meio de valorização da Domus Ivstitiae – Casa da Justiça é, por inerência, uma forma de valorização da imagem da própria Justiça.

Visite a exposição aqui.
Fonte: Ministério da Justiça

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