terça-feira, maio 08, 2007

Portugal tem sido passagem de extremistas islâmicos

Portugal tem sido usado por extremistas islâmicos, até da Al-Qaeda, como país de passagem e onde praticaram crimes de fraude, falsificação de documentos e roubo, revelou esta terça-feira Helena Rego, do Serviço de Informações e Segurança (SIS).

Convidada a falar sobre estratégia para combater o terrorismo, Helena Rego mostrou, numa exposição em powerpoint, fotos de extremistas com actividades registadas pelas autoridades em Portugal.

Apenas um deles, o argelino Sofiane Laib, foi libertado, precisou Helena Rego, que não deu muitos pormenores sobre as actividades de extremistas e membros da Al-Qaeda no país.

Esses extremistas, segundo descreveu a especialista em terrorismo, que falou sobre as medidas tomadas no país para combater este fenómeno, usaram Portugal como local de passagem, tendo sido detidos por vários crimes, entre eles fraude, falsificação de documentos e roubos.

Em 2003, durante o julgamento de Sofiane, condenado por falsificação de documentos e não por suspeitas de terrorismo, a Direcção de Investigação e Acção Penal concluiu que «elementos do grupo de Hamburgo [grupo da al-Qaeda responsável pelo ataque terrorista em Nova Iorque] deslocaram-se para Portugal ou Reino Unido na sequência dos atentados de 11 de Setembro de 2001».

A especialista portuguesa afirmou que «felizmente» em Portugal não tem havido problemas com a comunidade muçulmana porque é pouco numerosa e «está bem integrada», o que pode explicar-se também pelo facto de ter tido origem nas ex-colónias portuguesas.

Por isso, defendeu uma abordagem com essa comunidade em que se valorize «o bom» que existe e o facto de Portugal ser um país que «respeita todas as religiões».

Para Helena Rego, «membros da Al-Qaeda são aqueles que subscrevem a sua ideologia e não apenas os que frequentam os campos de treino» da organização terrorista de Bin Laden.

in
SOL

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