A secretária de Estado adjunta e da Reabilitação lamentou ontem que algumas instituições de acolhimento de crianças estejam pouco disponíveis para acolher jovens problemáticos e meninos que já ultrapassaram as idades mais requisitadas por famílias adoptantes.
Idália Moniz, que falava em Évora na abertura de um encontro nacional de avaliação da actividade das comissões de protecção das crianças e jovens em risco no ano de 2006, considerou haver “alguma hipocrisia” no sistema de protecção das crianças e jovens em risco.”A hipocrisia não beneficia as crianças e as famílias”, afirmou a responsável, explicando que, “por vezes, quando [as instituições tomam conhecimento] das características das crianças, a disponibilidade demonstrada inicialmente deixa de estar presente”.Reconheceu no entanto que as crianças com comportamentos desviantes podem destabilizar uma instituição. Neste capítulo, Idália Moniz anunciou que o Governo está a trabalhar num modelo intermédio de acolhimento para os adolescentes que têm comportamentos mais problemáticos. A governante também se referiu a “alguma hipocrisia” da parte instituições de acolhimento quanto à adopção. “Muitas delas fazem os possíveis e os impossíveis por receber apenas crianças pequenas, sem doenças e sem deficiências, sabendo que essas, obviamente, têm resultados francamente positivos no encaminhamento para a adopção”, disse. Ainda quanto à adopção, a secretária de Estado reconheceu haver “um problema muito específico em Portugal”, onde “opinião pública diz ser muito difícil adoptar em Portugal por as pessoas estarem quatro, cinco, seis anos à espera”. “Mas as pessoas têm de entender que, se um determinado candidato só quiser receber uma criança até aos três anos, branca, sem doença e sem deficiência, provavelmente estará um, dois, três., oito anos à espera que essa criança lhe seja atribuída”, avisou.
Idália Moniz, que falava em Évora na abertura de um encontro nacional de avaliação da actividade das comissões de protecção das crianças e jovens em risco no ano de 2006, considerou haver “alguma hipocrisia” no sistema de protecção das crianças e jovens em risco.”A hipocrisia não beneficia as crianças e as famílias”, afirmou a responsável, explicando que, “por vezes, quando [as instituições tomam conhecimento] das características das crianças, a disponibilidade demonstrada inicialmente deixa de estar presente”.Reconheceu no entanto que as crianças com comportamentos desviantes podem destabilizar uma instituição. Neste capítulo, Idália Moniz anunciou que o Governo está a trabalhar num modelo intermédio de acolhimento para os adolescentes que têm comportamentos mais problemáticos. A governante também se referiu a “alguma hipocrisia” da parte instituições de acolhimento quanto à adopção. “Muitas delas fazem os possíveis e os impossíveis por receber apenas crianças pequenas, sem doenças e sem deficiências, sabendo que essas, obviamente, têm resultados francamente positivos no encaminhamento para a adopção”, disse. Ainda quanto à adopção, a secretária de Estado reconheceu haver “um problema muito específico em Portugal”, onde “opinião pública diz ser muito difícil adoptar em Portugal por as pessoas estarem quatro, cinco, seis anos à espera”. “Mas as pessoas têm de entender que, se um determinado candidato só quiser receber uma criança até aos três anos, branca, sem doença e sem deficiência, provavelmente estará um, dois, três., oito anos à espera que essa criança lhe seja atribuída”, avisou.
Paralelamente, Idália Moniz declarou-se preocupada com a partidarização de algumas comissões de protecção das crianças e jovens em risco e apelou a que se evitem esses casos. “Há casos pontuais, que nos preocupam, de comissões onde se tenta a todo o custo medir forças políticas, esquecendo, muitas vezes, as competências dos técnicos que estão em representação de determinadas entidades”, declarou. Actualmente, existem 273 comissões de protecção das crianças e jovens (CPCJ) em risco espalhadas pelo País. Em declarações à Agência Lusa, defendeu a necessidade de ser “evitada a todo o custo” a partidarização de comissões. “Isto é transversal aos partidos e à sociedade portuguesa. Não estou a falar de nenhum partido em particular”, afirmou a secretária de Estado.
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CPCJ
A actividade das comissões
Metade das 269 Comissões de Protecção de Crianças e Jovens partilham as instalações com outros serviços, o que, em alguns casos, não permite salvaguardar as condições de privacidade no atendimento, segundo o relatório da actividade destes organismos. Em 2006, as comissões instauraram 25.209 processos, que levaram ao acompanhamento de 25.960 crianças em todo o País e reabriram 2.026 processos, correspondentes a 2.152 crianças. Transitaram de anos anteriores 23.712 processos. Ao todo, as comissões acompanharam em 2006 mais de 54 mil crianças de processos novos, reabertos ou transitados de anos anteriores.
in Jornal de Notícias.
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