terça-feira, junho 05, 2007

SIS apura zonas de risco

Os serviços secretos portugueses têm em curso um levantamento das fragilidades do País em áreas como instalações Públicas, empresas privadas que prestem serviços relevantes (bancos, seguradoras e petrolíferas, por exemplo) e infra-estruturas de transportes e telecomunicações, que poderão ser objecto de atentados terroristas.

Para já, segundo apurou o CM, “o que preocupa o SIS [Serviço de Informações e Segurança] são os eventuais atentados terroristas a instalações de empresas de energia, água, produtos químicos, farmacêuticas, transportes”, tudo áreas estratégicas para o normal funcionamento da sociedade.

Com o terrorismo a concentrar as atenções do Mundo, a secreta, dirigida pelo juiz Antero Luís, tem tido uma actividade redobrada, “a preocupação é constante com o terrorismo”, precisa a mesma fonte. E, por isso, avançou-se com outro objectivo: “Identificar as fragilidades do Estado português em geral”. Ou seja, “não é só a Administração Pública, são também empresas privadas, que podem ser nacionais ou estrangeiras, como é o caso de empresas de produtos químicos dos Estados Unidos ou inglesas”.

Dada a importância de instalações dessa natureza para o País, “isso tem de ser alvo da segurança do SIS”, sublinha a mesma fonte. Para rematar: “Hoje, os [serviços secretos] ingleses e americanos fazem isto à exaustão e os serviços secretos portugueses também têm de percorrer o seu caminho [nessa matéria]”.

No essencial, a acção do SIS, que tem também em curso um Programa de Segurança Económica (PSE) para travar a espionagem industrial, baseia-se na “perspectiva de antecipação dos programas que podem travar o fenómeno do terrorismo” em “tudo aquilo que possa pôr em causa os interesses estratégicos nacionais”, frisa-se.

Com esta política, o objectivo é “alertar, avisar, explicar, formar, se necessário for, porque, se nós conseguirmos parar [o terrorismo] no início, é o ideal”.

LINHA DE ALERTA 213 190 180

A prevenção contra o terrorismo inclui, no âmbito do Programa de Segurança Económica (PSE), a disponibilização de um número de telefone (presente no site do SIS), que permite aos empresários e cidadãos em geral avisar a secreta sobre eventuais suspeitos. Por exemplo, “se alguém tiver ido a um armazém comprar uma quantidade de um químico que não é normal, [o dono desse armazém] pode ter um número de telefone para onde ligar a avisar esse caso suspeito”, conta fonte contactada pelo CM. Preparado há mais de quatro anos, o PSE foi lançado em 2007 e tem por objectivo combater a chamada espionagem industrial. Em causa, está o roubo de patentes ou conhecimentos sobre novos produtos desenvolvidos em Portugal.

(...)

Toda a notícia in Correio da Manhã.

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