segunda-feira, agosto 07, 2006

...tribunais


Eduardo Dâmaso
("Fogos e tribunais" - Excerto do Editorial de hoje do DN)

"(...)2 - Os tribunais vão ter gabinetes de imprensa para uma ligação mais eficaz aos órgãos de comunicação social e à opinião pública. Explicar melhor o funcionamento dos tribunais e da administração da justiça em geral e explicar melhor as decisões judiciais são boas razões para que esses gabinetes de imprensa venham a avançar. Há, porém, problemas neste domínio de a justiça ser ou não capaz de se tornar inteligível aos olhos do cidadão comum, que não dependem de gabinetes de imprensa. A questão está na mentalidade de uma boa parte dos magistrados e nas regras burocráticas, lentas e pesadas do funcionamento da justiça. Não há gabinetes de imprensa que resistam à opacidade, à linguagem imperceptível, ao tempo infinitamente desfasado de uma parte dos operadores judiciários em relação ao chamado tempo mediático. A forma como foi gerida a informação no "caso Gisberta" é um bom caso de estudo e de onde se pode tirar ilações. Para acabar de vez com o secretismo, essa insuportável doença portuguesa."

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