quarta-feira, agosto 29, 2007

PJ investiga um crime económico por dia

Considerando o primeiro semestre de 2007, a Polícia Judiciária suspeita, em média, de um novo crime económico em cada 24 horas. De acordo com o relatório da Unidade de Informação Financeira (UIF) da Judiciária, relativo aos primeiros 181 dias do ano, a que o Diário Económico teve acesso, estão neste momento a ser investigadas 178 actividades duvidosas no que respeita a criminalidade económica, sendo que é no crime de fraude fiscal que recai a maioria das suspeitas.

No que respeita a este tipo de criminalidade são 159 os casos que, neste momento, a Polícia Judiciária tem em mãos - mais 20 do que os registados há dois anos.

Se tivermos em conta que a Unidade de Informação Financeira foi especialmente destacada para investigar actos suspeitos de crimes tributários de maior complexidade e de valor superior a 500 mil euros, deste o início deste ano a Polícia Judiciária investiga a origem de, pelo menos, 79 milhões de euros.

Para além dos crimes fiscais, de acordo com este relatório da Polícia Judiciária, desde o início do ano que há registo de fundadas suspeitas da prática de outros crimes: burla (8 casos), corrupção (3 casos), actividade bancária irregular ( 3 casos), fraude na obtenção de subsídio ( 1 caso) e dois processos cujo crime económico ainda não foi determinado.

No primeiro semestre de 2007, a PJ recebeu 11.805 denúncias mas decidiu, apenas, abrir uma investigação em 386 casos - pouco mais de 3% do universo de denúncias.

Já no ano de 2005, a mesma entidade recebeu cerca de 50 mil denúncias, cinco vezes mais do que as registadas em 2004.

A maior percentagem de queixas está relacionada com indivíduos que trocam notas de baixo valor por notas de maior valor e com o depósito ou levantamento de grandes quantias em numerário. Também, a transferência de elevadas quantias entre Portugal e o estrangeiro (e vice-versa) é um dos casos que levanta maior suspeita.

Apesar do aumento de denúncias, as investigações abertas desceram de 418, em 2004, para 373, em 2005 e voltaram a aumentar este ano, para 387.

(...)

Toda a notícia por Filipa Ambrósio de Sousa, in
Diário Económico.

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