Foram 180 os idosos portugueses que desapareceram de suas casas em 2006, e desses a Polícia Judiciária conseguiu encontrar 172, havendo oito que continuam em paradeiro desconhecido. Representam cerca de 10 por cento do número total de desaparecimentos no nosso país.
Perda de memória, falta de orientação e solidão levam muitos idosos a partir sem deixar rasto. Incapazes de encontrar o caminho de regresso a casa, 180 pessoas com mais de 65 anos foram dadas como desaparecidas só no ano passado. Em entrevista à Agência Lusa, o director do Departamento Central de Informação Criminal e Polícia Técnica afirmou que os casos de desaparecimento de idosos correspondem a cerca de 10 por cento do total de desaparecimentos registados em Portugal, sendo previsível que venham a aumentar nos próximos anos, em resultado da própria evolução demográfica. “O que provoca o desaparecimento é, muitas vezes, a mudança do local onde sempre viveram, para irem para um lar ou para casa de familiares, onde se sentem totalmente desenraizados. Como ficam afastados do seu ambiente normal, entram em pânico e criam uma situação patológica de angústia, que faz com que comecem a caminhar sem destino”, explicou António Ramos Caniço.
Perda de memória, falta de orientação e solidão levam muitos idosos a partir sem deixar rasto. Incapazes de encontrar o caminho de regresso a casa, 180 pessoas com mais de 65 anos foram dadas como desaparecidas só no ano passado. Em entrevista à Agência Lusa, o director do Departamento Central de Informação Criminal e Polícia Técnica afirmou que os casos de desaparecimento de idosos correspondem a cerca de 10 por cento do total de desaparecimentos registados em Portugal, sendo previsível que venham a aumentar nos próximos anos, em resultado da própria evolução demográfica. “O que provoca o desaparecimento é, muitas vezes, a mudança do local onde sempre viveram, para irem para um lar ou para casa de familiares, onde se sentem totalmente desenraizados. Como ficam afastados do seu ambiente normal, entram em pânico e criam uma situação patológica de angústia, que faz com que comecem a caminhar sem destino”, explicou António Ramos Caniço.
Na origem do desaparecimento de idosos a taxa de crime é reduzida, tratando-se “na esmagadora maioria das vezes” de casos de desorientação provocados por doenças como Alzheimer, ou outras formas de demência que afectam a memória. Perante a participação de um caso a Polícia Judiciária, que conta com uma unidade de prevenção para desaparecidos que “funciona 365 dias por ano”, inicia o chamado “tracking” da pessoa, diligência que passa por determinar as rotinas habituais do desaparecido, em termos das suas deslocações normais, a fim de “estabelecer um perímetro onde possa estar”. “Normalmente, nas pessoas com mais de 65 anos, sobretudo se tiverem problemas de saúde devidamente diagnosticados, fazemos a divulgação para todas as autoridades e para o público, se necessário for, da fotografia da pessoa e dos seus dados, com o objectivo de dar à investigação a maior rapidez possível”, adiantou.
De acordo com o responsável, apesar de ressalvar que “não é possível fazer médias estatísticas”, habitualmente os idosos são encontrados em cerca de 48 horas, sendo que, do total de 180 casos registados em 2006, só oito não foram ainda concluídos, permanecendo incerto o paradeiro das pessoas. “Se não os encontramos nos primeiros dias as coisas complicam-se muito, e não auguram nada de bom”, reconhece. “Quando passa algum tempo, tenho sempre receio de vir a encontrar o corpo já sem vida, sobretudo no caso de desaparecimento de idosos”, confidenciou.
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