domingo, fevereiro 01, 2009

Tribunal assaltado

A vaga de assaltos a tribunais não pára. Na madrugada de ontem, foi a vez do Tribunal da Covilhã, onde um jovem de 18 anos entrou e furtou dinheiro. O suspeito, detido ao final da tarde pela PSP – que identificou um menor de 14 anos que o auxiliou –, usou duas pedras da calçada para partir dois vidros laterais do tribunal, entrando em seguida.

O alerta foi dado às 09h00 por uma funcionária. Tinham sido remexidas gavetas, faltando dinheiro. Funcionários e magistrados foram chamados para confirmarem a falta de algum documento mas, segundo a PSP, não houve furto de processos.

A PSP pôs-se em campo e pelas 18h30 deteve o suspeito, da Covilhã e já indiciado em cerca de 20 assaltos - assumiu o ataque ao tribunal (ainda estava na posse de 110 euros) e furtos em escolas e outras instalações. Vai ser segunda-feira presente ao tribunal que assaltou.

Já em Outubro, o Tribunal da Covilhã foi palco de uma situação violenta, quando um homem, de 40 anos, se barricou na sala de audiências, com uma arma apontada à cabeça.

A insegurança nos tribunais já motivou a intervenção do Ministério da Justiça que, na semana passada, mandou retirar 32 caixas multibanco das instalações após o roubo, a 15 de Janeiro, da caixa ATM do Tribunal de Setúbal.

"FALTA INVESTIR NA SEGURANÇA"

O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, Fernando Jorge, mostrou ontem o seu "desagrado" com mais um assalto, afirmando que " as instalações e as pessoas que estão a trabalhar nos tribunais não estão devidamente salvaguardadas".

"O caso da Covilhã vem provar que a questão não se coloca apenas ao nível dos grandes centros urbanos", sublinhou o responsável, dizendo que "a aposta na segurança de bens e pessoas é incontornável, necessária e indiscutível".

Fernando Jorge afirma que "este alerta tem de ser assumido como importante", e garante que a solução passa por um "investimento em sistemas de alarme e videovigilância", além da "segurança permanente" feita por agentes policiais.

Por Cátia Vicente, in
Correio da Manhã.

Sem comentários: