O recém-eleito bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho Pinto, avisou ontem que a falta de exigência no acesso à profissão sai cara aos cidadãos que recorrem a alguns advogados. "Entra-se num escritório de advogado e é-se assaltado", declarou, numa palestra que assinalava o aniversário da Faculdade de Direito de Coimbra.
Para realçar os riscos da "massificação" e "proletarização da advocacia", António Marinho Pinto deu o exemplo dos taxistas sul-americanos "Não basta ter carro e carta de condução para ser taxista, como na América do Sul, onde se entra num táxi e se é assaltado... Assim como se entra num escritório e se é assaltado - e não é só no sentido figurado", notou.
Em resposta a um dos alunos que encheram a Sala 7 da Faculdade de Direito - onde o procurador-geral da República fez um discurso sem polémicas -, o vencedor das recentes eleições a bastonário voltou a defender a "instituição de um exame de acesso ao estágio (de advogado), para a selecção dos melhores", em prejuízo da prova que se realiza no fim do estágio.
De resto, frisou que Portugal tem 30 mil advogados, o que equivale, nas suas contas, a um profissional por 380 cidadãos. França tem uma proporção de um para 1800 e a Finlândia de um para seis mil, comparou, referindo que o nosso país não tem "clientes nem patrocínio oficioso para tantos avogados". "Só se será completamente independente, se não se estiver de barriga vazia", acrescentou.
Pinto Monteiro, o procurador-geral da república, também licenciado em Coimbra, focou igualmente os riscos da existência de 26 faculdades de Direito no país. "Este ano, concorreram ao Centro de Estudos Judiciários dois mil alunos para 120 vagas" (n.r. 100 vagas), lembrou, para concluir que "muita gente está a fazer aquilo de que não gosta".
Para realçar os riscos da "massificação" e "proletarização da advocacia", António Marinho Pinto deu o exemplo dos taxistas sul-americanos "Não basta ter carro e carta de condução para ser taxista, como na América do Sul, onde se entra num táxi e se é assaltado... Assim como se entra num escritório e se é assaltado - e não é só no sentido figurado", notou.
Em resposta a um dos alunos que encheram a Sala 7 da Faculdade de Direito - onde o procurador-geral da República fez um discurso sem polémicas -, o vencedor das recentes eleições a bastonário voltou a defender a "instituição de um exame de acesso ao estágio (de advogado), para a selecção dos melhores", em prejuízo da prova que se realiza no fim do estágio.
De resto, frisou que Portugal tem 30 mil advogados, o que equivale, nas suas contas, a um profissional por 380 cidadãos. França tem uma proporção de um para 1800 e a Finlândia de um para seis mil, comparou, referindo que o nosso país não tem "clientes nem patrocínio oficioso para tantos avogados". "Só se será completamente independente, se não se estiver de barriga vazia", acrescentou.
Pinto Monteiro, o procurador-geral da república, também licenciado em Coimbra, focou igualmente os riscos da existência de 26 faculdades de Direito no país. "Este ano, concorreram ao Centro de Estudos Judiciários dois mil alunos para 120 vagas" (n.r. 100 vagas), lembrou, para concluir que "muita gente está a fazer aquilo de que não gosta".
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