Portugal surge em terceiro lugar no ranking dos países da União Europeia (UE) onde mais aumentou o número de crimes violentos e de roubos na década de 1995 a 2005.
Os dados são do Eurostat, entidade responsável pelas estatísticas da UE, que regista, para o nosso país, um crescimento na ordem dos cinco por cento para o crime violento, que engloba violência contra as pessoas, roubo com violência e crimes sexuais. À frente, no crescimento, surge a França (7%) seguida da Holanda (6%).
Relativamente aos roubos, a percentagem em Portugal cresceu também 5%, a par da Suécia, sendo o aumento deste tipo de criminalidade liderado pela Polónia e Eslováquia (8%), seguindo a França com 6%.
Em termos da criminalidade global, os Estados membros registam naquele período um crescimento na ordem dos 0,6 por cento. Portugal destaca-se com três por cento, significando uma das mais altas taxas de evolução negativa. Pior só a Polónia, com 5%, e a Eslovénia, com 10%.
Roubo (4,9%), tráfico de droga (4,2%) e crime violento (4,1) são os tipos de criminalidade que registaram maior aumento naquela década, segundo os últimos dados do Eurostat relativos ao crime e à justiça criminal na UE. Os olhares europeus, contudo, estão especialmente voltados para os países candidatos à União. Por exemplo, a Croácia, na década em avaliação, teve um aumento da criminalidade violenta na ordem dos 16%. Mas na Macedónia foi pior, tendo aumentado cerca de 20%. Os sete por cento da França são sobretudo um sinal para o coração da UE, sabendo-se que aquele país continua a ser uma espécie de "laboratório" do Velho Continente.
Mas nem tudo são más notícias. O roubo de veículos com motor diminuiu cerca de 5% na generalidade dos países da UE, registando-se a mesma tendência relativamente aos homicídios (-3,2%) e a assaltos a residências (-3%). Apenas a Irlanda destoa, nesta década, com os assaltos a casas a aumentarem cerca de 5%. Na Bélgica e na Roménia, em contrapartida, diminuíram 8 e 13%.
A diminuição dos roubos de veículos é também uma realidade em praticamente todos os Estados membros. A Bélgica, com -14%, a Bulgária, com -19%, e a Alemanha, com -9%, são os países que mais se destacam. Neste último país também se regista uma diminuição dos homicídios (-4%), acontecendo o mesmo na Hungria (-5%).
Os números portugueses
O relatório da Segurança Interna relativo a 2006 dá conta do aumento da criminalidade grave, mas com números que relativizam os do Eurostat.
As participações no âmbito da criminalidade denominada de violenta e grave sofreram um acréscimo de 2% em relação ao ano anterior. Mas, adianta o relatório, o peso que este tipo de criminalidade tem no total nacional continua a ser baixo, cifrando-se em apenas 5,5%. De entre os crimes que integram esta tipologia, destacam-se, pelo seu peso relativo, o crime de furto/roubo por esticão e o crime de roubo na via pública, os quais representam 80% do total de registos da criminalidade violenta e grave.
Apesar de em 2006 se registar, na globalidade, um acréscimo no número de participações criminais relativamente a 2005, se comparado com os anos de 2004 e 2003 verifica-se, ao invés, um decréscimo de, respectivamente, 3,6% e 4,5%, destaca ainda o relatório da Segurança Interna.
Os dados são do Eurostat, entidade responsável pelas estatísticas da UE, que regista, para o nosso país, um crescimento na ordem dos cinco por cento para o crime violento, que engloba violência contra as pessoas, roubo com violência e crimes sexuais. À frente, no crescimento, surge a França (7%) seguida da Holanda (6%).
Relativamente aos roubos, a percentagem em Portugal cresceu também 5%, a par da Suécia, sendo o aumento deste tipo de criminalidade liderado pela Polónia e Eslováquia (8%), seguindo a França com 6%.
Em termos da criminalidade global, os Estados membros registam naquele período um crescimento na ordem dos 0,6 por cento. Portugal destaca-se com três por cento, significando uma das mais altas taxas de evolução negativa. Pior só a Polónia, com 5%, e a Eslovénia, com 10%.
Roubo (4,9%), tráfico de droga (4,2%) e crime violento (4,1) são os tipos de criminalidade que registaram maior aumento naquela década, segundo os últimos dados do Eurostat relativos ao crime e à justiça criminal na UE. Os olhares europeus, contudo, estão especialmente voltados para os países candidatos à União. Por exemplo, a Croácia, na década em avaliação, teve um aumento da criminalidade violenta na ordem dos 16%. Mas na Macedónia foi pior, tendo aumentado cerca de 20%. Os sete por cento da França são sobretudo um sinal para o coração da UE, sabendo-se que aquele país continua a ser uma espécie de "laboratório" do Velho Continente.
Mas nem tudo são más notícias. O roubo de veículos com motor diminuiu cerca de 5% na generalidade dos países da UE, registando-se a mesma tendência relativamente aos homicídios (-3,2%) e a assaltos a residências (-3%). Apenas a Irlanda destoa, nesta década, com os assaltos a casas a aumentarem cerca de 5%. Na Bélgica e na Roménia, em contrapartida, diminuíram 8 e 13%.
A diminuição dos roubos de veículos é também uma realidade em praticamente todos os Estados membros. A Bélgica, com -14%, a Bulgária, com -19%, e a Alemanha, com -9%, são os países que mais se destacam. Neste último país também se regista uma diminuição dos homicídios (-4%), acontecendo o mesmo na Hungria (-5%).
Os números portugueses
O relatório da Segurança Interna relativo a 2006 dá conta do aumento da criminalidade grave, mas com números que relativizam os do Eurostat.
As participações no âmbito da criminalidade denominada de violenta e grave sofreram um acréscimo de 2% em relação ao ano anterior. Mas, adianta o relatório, o peso que este tipo de criminalidade tem no total nacional continua a ser baixo, cifrando-se em apenas 5,5%. De entre os crimes que integram esta tipologia, destacam-se, pelo seu peso relativo, o crime de furto/roubo por esticão e o crime de roubo na via pública, os quais representam 80% do total de registos da criminalidade violenta e grave.
Apesar de em 2006 se registar, na globalidade, um acréscimo no número de participações criminais relativamente a 2005, se comparado com os anos de 2004 e 2003 verifica-se, ao invés, um decréscimo de, respectivamente, 3,6% e 4,5%, destaca ainda o relatório da Segurança Interna.
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