A Justiça nos casos de abusos sobre crianças é dificultada quando os arguidos têm mais poder económico, considera o reitor do Santuário de Fátima, apontando como exemplo o processo Casa Pia.
Monsenhor Luciano Guerra escreve na edição de hoje do ‘Voz de Fátima’ – dia em que termina a Peregrinação dos Migrantes – um artigo sobre "abusadores de inocentes", onde se refere aos casos Esmeralda, Maddie e Casa Pia, considerando o último "revoltante".
"Pior do que as misérias isoladas é o processo da Casa Pia, há quatro anos em Tribunal, já com mil audiências" e tantas páginas que "nenhum juiz consegue ler", refere reitor.
Para Luciano Guerra – à frente do Santuário pela última vez durante uma grande peregrinação, pois é substituído a 25 de Setembro –, estes processos "revelam-nos uma realidade crónica, que só não se resolve em duas ou três audiências, como noutros casos, porque ‘a verdade da mentira’ é tanto mais difícil de provar quanto mais ricos são os que a praticam". Após censurar a "apologia das relações pedófilas" e tentativas de a legalizar, o prelado considera "muito pior , porque mais grave e alastrado", o caso das violações que acontecem no "santuário da família, convertido assim, de berço e estufa, em matadouro de inocentes".
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Monsenhor Luciano Guerra escreve na edição de hoje do ‘Voz de Fátima’ – dia em que termina a Peregrinação dos Migrantes – um artigo sobre "abusadores de inocentes", onde se refere aos casos Esmeralda, Maddie e Casa Pia, considerando o último "revoltante".
"Pior do que as misérias isoladas é o processo da Casa Pia, há quatro anos em Tribunal, já com mil audiências" e tantas páginas que "nenhum juiz consegue ler", refere reitor.
Para Luciano Guerra – à frente do Santuário pela última vez durante uma grande peregrinação, pois é substituído a 25 de Setembro –, estes processos "revelam-nos uma realidade crónica, que só não se resolve em duas ou três audiências, como noutros casos, porque ‘a verdade da mentira’ é tanto mais difícil de provar quanto mais ricos são os que a praticam". Após censurar a "apologia das relações pedófilas" e tentativas de a legalizar, o prelado considera "muito pior , porque mais grave e alastrado", o caso das violações que acontecem no "santuário da família, convertido assim, de berço e estufa, em matadouro de inocentes".
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1 comentário:
sou psicologa clinica a exercer funções num hospital publico central, e todos os casos de abuso sexual que denunciei deram "inconclusivos" ou como "provados ser tudo mentira". Por isso desenganem-se aqueles que pensam que é uma questão de classe social, é uma questão de (in)Justiça. No abuso sexual a impunidade é total. Ninguém quer acreditar, todos preferem negar...sabe-se lá porquê. Como profissional de saude mental infantil sinto-me indignada, ultrajada, e impotente na protecção destas crianças. è urgente mudar o sistema!
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