Muitos recém-nascidos portugueses já estão a usar pulseiras electrónicas anti-rapto como forma de segurança. Um sistema que detecta todos os seus movimentos, desde que nascem até que têm alta hospitalar, mas que não é infalível, como demonstram algumas "avarias esporádicas", detectadas, por exemplo, no Hospital de São João, no Porto. Assim, algumas unidades recomendam que seja complementado pela videovigilância.
O presidente do conselho de administração do Hospital de S. Marcos, em Braga, que adquiriu, por cerca de 70 mil euros, a uma empresa nacional, o sistema electrónico de protecção de recém-nascidos, explica: "Não podemos pensar que os sistemas são perfeitos, mas o que escolhemos é o mais evoluído." Na sua opinião, "não há sistemas infalíveis", mas o importante é "proteger as crianças de eventuais raptos" - nunca ocorreu nenhum na instituição - e melhorar a segurança dos utentes.
Lino Mesquita Machado crê que os profissionais de Saúde e utentes estão globalmente satisfeitos. No caso do Hospital de S. Marcos, o mecanismo é complementado pela videovigilância, que funciona em todo o seu perímetro e em particular nos serviços de Obstetrícia e de Pediatria/Neonatologia. A tudo isto, acrescentou, "à saída, a mãe tem de comprovar que a criança que leva ao colo lhe pertence". Só em 2007, a unidade registou 3003 partos.
Apesar de defender a pulseira, o director do serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de S. João, no Porto, Nuno Montenegro, também entende que "só por si, não resolve o problema, pois em qualquer sistema informático há falhas". Aliás, justifica, o do S. João, implementado em 2006, "tem algumas avarias esporádicas". Nuno Montenegro entende-o como um "método complementar de segurança", como a velha pulseira de identificação e o boletim do recém-nascido, para além da videovigilância. Nesta unidade, recorde-se, já ocorreu uma troca de bebés.
O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA, por exemplo, considera "um sucesso" o mecanismo, que funciona desde 2004 no Serviço de Obstetrícia. Luís Batalau crê que "pais e profissionais se sentem mais seguros com a sua implementação". E acrescenta que "estão a ser equacionadas medidas de reforço no Serviço de Pediatria e na Unidade de Neonatologia".
Para a presidente do Conselho de Administração do Hospital de Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, Izabel Pinto Monteiro, a pulseira electrónica representa a "segurança do recém-nascido e a tranquilidade dos pais e de toda a equipa de Saúde". Aliás, realça, o mecanismo, adoptado em Outubro de 2007 no Bloco de Partos e no Serviço de Obstetrícia, "é um dos mais utilizados no mundo, devido à tecnologia de ponta utilizada e à sua fiabilidade". Além disso, referiu, "é amigo do bebé, pois a pulseira é pequena, leve e ergonómica".
Entre muitas outras unidades, também o Centro Hospitalar de Torres Vedras adoptou a pulseira. Em breve deverão aderir a Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, e a Maternidade Júlio Dinis, no Porto.
À espera do QREN
A administração do Hospital Padre Américo, em Penafiel, garante que, "antes mesmo do rapto de uma recém-nascida [em 2006], possuía uma candidatura que prevê, para além das pulseiras electrónicas, um sistema de localização de pessoas e equipamento crítico por tecnologia de RFID". A unidade aguarda financiamento no âmbito do QREN.
Por Susana Pinheiro, in DN Online.
O presidente do conselho de administração do Hospital de S. Marcos, em Braga, que adquiriu, por cerca de 70 mil euros, a uma empresa nacional, o sistema electrónico de protecção de recém-nascidos, explica: "Não podemos pensar que os sistemas são perfeitos, mas o que escolhemos é o mais evoluído." Na sua opinião, "não há sistemas infalíveis", mas o importante é "proteger as crianças de eventuais raptos" - nunca ocorreu nenhum na instituição - e melhorar a segurança dos utentes.
Lino Mesquita Machado crê que os profissionais de Saúde e utentes estão globalmente satisfeitos. No caso do Hospital de S. Marcos, o mecanismo é complementado pela videovigilância, que funciona em todo o seu perímetro e em particular nos serviços de Obstetrícia e de Pediatria/Neonatologia. A tudo isto, acrescentou, "à saída, a mãe tem de comprovar que a criança que leva ao colo lhe pertence". Só em 2007, a unidade registou 3003 partos.
Apesar de defender a pulseira, o director do serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de S. João, no Porto, Nuno Montenegro, também entende que "só por si, não resolve o problema, pois em qualquer sistema informático há falhas". Aliás, justifica, o do S. João, implementado em 2006, "tem algumas avarias esporádicas". Nuno Montenegro entende-o como um "método complementar de segurança", como a velha pulseira de identificação e o boletim do recém-nascido, para além da videovigilância. Nesta unidade, recorde-se, já ocorreu uma troca de bebés.
O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA, por exemplo, considera "um sucesso" o mecanismo, que funciona desde 2004 no Serviço de Obstetrícia. Luís Batalau crê que "pais e profissionais se sentem mais seguros com a sua implementação". E acrescenta que "estão a ser equacionadas medidas de reforço no Serviço de Pediatria e na Unidade de Neonatologia".
Para a presidente do Conselho de Administração do Hospital de Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, Izabel Pinto Monteiro, a pulseira electrónica representa a "segurança do recém-nascido e a tranquilidade dos pais e de toda a equipa de Saúde". Aliás, realça, o mecanismo, adoptado em Outubro de 2007 no Bloco de Partos e no Serviço de Obstetrícia, "é um dos mais utilizados no mundo, devido à tecnologia de ponta utilizada e à sua fiabilidade". Além disso, referiu, "é amigo do bebé, pois a pulseira é pequena, leve e ergonómica".
Entre muitas outras unidades, também o Centro Hospitalar de Torres Vedras adoptou a pulseira. Em breve deverão aderir a Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, e a Maternidade Júlio Dinis, no Porto.
À espera do QREN
A administração do Hospital Padre Américo, em Penafiel, garante que, "antes mesmo do rapto de uma recém-nascida [em 2006], possuía uma candidatura que prevê, para além das pulseiras electrónicas, um sistema de localização de pessoas e equipamento crítico por tecnologia de RFID". A unidade aguarda financiamento no âmbito do QREN.
Por Susana Pinheiro, in DN Online.
Sem comentários:
Enviar um comentário