Por Tiago Fernandes, in Visão (Quinta-feira, 04 de Dezembro de 2008)
"Director adjunto da Judiciária terá recusado partilhar investigação com a Inspecção Tributária. Mouraz Lopes nega
Um desentendimento entre Cândida Almeida, líder do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e José Mouraz Lopes, que, em Outubro de 2oo5, chefiava a área do crime económico da PJ, terá sido a razão para que a procuradora que tutelava a Operação Furacão tivesse decidido afastara Judiciária das investigações. Fonte do DCIAP assegurou à VISÃO que o diferendo surgiu dias depois das buscas a quatro bancos, suspeitos de promoverem fraude fiscal, quando Mouraz Lopes terá dito pessoalmente a Cândida Almeida que não aceitava ver a PJ partilhar as averiguações deste megaprocesso com a equipa de inspectores tributários de Braga, que, em Março de 2004, tinha dado início à operação no Norte do País. A directora do DCIAP - que pegara no processo em Janeiro de 2005 - recusou-se logo a afastar a equipa das Finanças, alegando que dispunha de conhecimento privilegiado sobre os autos e que, face ao número gigantesco de empresas envolvidas, quanto mais gente houvesse para investigar melhor. O director adjunto da PJ terá insistido em que os seus homens procedessem sozinhos às investigações. Esta atitude, prossegue a nossa fonte, terá «irritado bastante» Cândida Almeida, que assim decidiu afastar a Judiciária das investigações, tendo dado o seu lugar à Brigada Fiscal da GNR, a qual o mantém até hoje. Actualmente, já há mais de 20o arguidos. Confrontado com esta acusação pela VISÃO, Mouraz Lopes não quis abordar o caso concreto, mas afiança que, enquanto foi director adjunto, «nunca a PJ se recusou a partilhar com outra entidade qualquer tipo de investigação a pedido do Ministério Público». E rejeita qualquer incompatibilidade com os inspectores tributários. «Foi, aliás, no meu tempo que se celebraram os primeiros protocolos de investigação entre a PJ e as Finanças, que sempre correram bem.» Quanto ao resto… «O MP, enquanto titular do processo, que diga porque é que, de facto, a Judiciária foi afastada.» Para já, de oficial, existe apenas a insinuação deixada por Cândida Almeida que, em entrevista ao DN e à TSF, suscitou a polémica - disse que «um dia saber-se-á» a razão pela qual a PJ foi afastada do Furacão e acrescentou que não foi «por razões normais»."
"Director adjunto da Judiciária terá recusado partilhar investigação com a Inspecção Tributária. Mouraz Lopes nega
Um desentendimento entre Cândida Almeida, líder do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e José Mouraz Lopes, que, em Outubro de 2oo5, chefiava a área do crime económico da PJ, terá sido a razão para que a procuradora que tutelava a Operação Furacão tivesse decidido afastara Judiciária das investigações. Fonte do DCIAP assegurou à VISÃO que o diferendo surgiu dias depois das buscas a quatro bancos, suspeitos de promoverem fraude fiscal, quando Mouraz Lopes terá dito pessoalmente a Cândida Almeida que não aceitava ver a PJ partilhar as averiguações deste megaprocesso com a equipa de inspectores tributários de Braga, que, em Março de 2004, tinha dado início à operação no Norte do País. A directora do DCIAP - que pegara no processo em Janeiro de 2005 - recusou-se logo a afastar a equipa das Finanças, alegando que dispunha de conhecimento privilegiado sobre os autos e que, face ao número gigantesco de empresas envolvidas, quanto mais gente houvesse para investigar melhor. O director adjunto da PJ terá insistido em que os seus homens procedessem sozinhos às investigações. Esta atitude, prossegue a nossa fonte, terá «irritado bastante» Cândida Almeida, que assim decidiu afastar a Judiciária das investigações, tendo dado o seu lugar à Brigada Fiscal da GNR, a qual o mantém até hoje. Actualmente, já há mais de 20o arguidos. Confrontado com esta acusação pela VISÃO, Mouraz Lopes não quis abordar o caso concreto, mas afiança que, enquanto foi director adjunto, «nunca a PJ se recusou a partilhar com outra entidade qualquer tipo de investigação a pedido do Ministério Público». E rejeita qualquer incompatibilidade com os inspectores tributários. «Foi, aliás, no meu tempo que se celebraram os primeiros protocolos de investigação entre a PJ e as Finanças, que sempre correram bem.» Quanto ao resto… «O MP, enquanto titular do processo, que diga porque é que, de facto, a Judiciária foi afastada.» Para já, de oficial, existe apenas a insinuação deixada por Cândida Almeida que, em entrevista ao DN e à TSF, suscitou a polémica - disse que «um dia saber-se-á» a razão pela qual a PJ foi afastada do Furacão e acrescentou que não foi «por razões normais»."
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