Inspecções às instalações do Departamento de
Investigação e Acção Penal detectaram falhas de segurança com riscos para
procuradores e funcionários.
Duas inspecções às instalações do Departamento de
Investigação e Acção Penal do Porto (DIAP) detetaram falhas graves ao nível da
segurança e higiene que podem colocar em risco os funcionários e os magistrados
do Ministério Público que trabalham naquele departamento. Por isso, num
comunicado enviado, hoje, aos procuradores do distrito judicial do Porto, Pinto
Nogueira, o procurador distrital, ameaça fechar as instalações do DIAP. "O
Procurador-Geral Distrital espera não ser coagido a dispensar os magistrados e
funcionários do seu trabalho, em razão de uma situação que, a acontecer em
qualquer estabelecimento privado, já teria chamado a atenção dos habituais
organismos competentes para a respetiva autuação e encerramento", escreveu
Alberto Pinto Nogueira.
Segundo, por exemplo, a inspecção feita pela
Administração Regional de Saúde do Norte, foram detectadas as seguintes
situações: sobrecarga eléctrica e falta de revestimento do pavimento, uma
pequena abertura numa parede, tapada devido à entrada de gases automóveis, falta
de revestimentos e necessidade de vigilância da protecção de incêndios, humidade
junto a uma bateria de fios eléctricos e várias fissuras nas paredes.
A inspecção feita pelos Bombeiros Sapadores do
Porto também evidenciou várias falhas no que diz respeito à prevenção de
incêndios, como a colocação dos extintores e os detectores de incêndios, estes
últimos não estão de acordo com a legislação em vigor.
Na sequência desta inspecções, Pinto Nogueira
refere no comunicado que o"atual poder político" mostrou "receptividade e
compreensão para o problema". Porém, declara: "Não chega. É necessário chegar à
prática.Os magistrados do Porto não querem luxos que, aliás, foram conferidos a
Lisboa". Ou seja, às novas instalações do Campus da Justiça, no Parque das
Nações.
Por Carlos Rodrigues
Lima, in Diário de Notícias
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