Presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público diz que quem tinha processos sensíveis acabava por ter a carreira prejudicada.
O novo presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público acusa o antigo procurador-geral da República, Pinto Monteiro, de impedir investigações a pessoas poderosas.
Em declarações à Antena 1, António Ventinhas explica que, em regra, quem tinha processos sensíveis acabava por ter a carreira prejudicada.
“No tempo do Dr. Pinto Monteiro, quem tinha processos mediáticos, como regra, acabava com um processo disciplinar”, lembra o responsável, acrescentando que “com este tipo de atitude não havia grande incentivo para investigar pessoas poderosas”.
“Suscitava-se uma grande polémica à volta daqueles colegas que estavam a investigar processos sensíveis e, muitas das vezes, os colegas acabavam com processos de averiguações ou processos disciplinares. É claro que, com este tipo de atitude, não havia grande incentivo para investigar pessoas poderosas, porque determinadas actuações podiam acabar em prejuízo para a carreira”, descreve o sindicalista, acrescentando que com a nova procuradora-geral “esse tipo de situação inverteu-se”.
A Renascença está a tentar falar com António Ventinhas, procurador em Silves, eleito no domingo para a presidência do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público.
Fernando José Matos Pinto Monteiro foi o 10º procurador-geral da República Portuguesa, entre 9 de Outubro de 2006 a 9 de Outubro de 2012), tendo sido proposto pelo XVII Governo Constitucional e aceite pelo Presidente da República.
Fontes: Antena 1 e RR
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